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Casa dos Ventos e ABB firmam contrato de US$ 30 milhões

Indiferente à crise vivida por outros setores produtivos, o segmento eólico no Brasil, e particularmente em Sorocaba, aproveita os bons ventos que sopram e mantém aquecida a atividade econômica. Na cidade, a ABB, líder em tecnologias de energia e automação, acaba de fechar contrato de US$ 30 milhões com a Casa dos Ventos, principal empresa em energias renováveis, para fornecer subestações e infraestrutura de energia relacionada, possibilitando a integração de dois novos complexos (compostos por 13 parques) na rede de transmissão do país. Os pedidos foram registrados no primeiro trimestre deste ano.

Já a Tecsis, fabricante de pás para moinhos de geração de energia eólica investirá R$ 200 milhões na construção de uma nova fábrica no Polo Industrial de Camaçari, na Bahia, justamente para atender à demanda por componentes naquela região. Além disso, a indústria desenvolve em Sorocaba o seu centro tecnológico, no qual realizará experimentos voltados a otimizar a qualidade dos itens que produz.

Conforme a assessoria da ABB, os projetos no nordeste brasileiro têm conclusão prevista para 2016. Após o seu término, serão capazes de gerar energia renovável suficiente para atender às necessidades de consumo de cerca de 300 mil famílias locais, evitando a emissão anual de cerca de 325 mil toneladas de dióxido de carbono.

Os dois complexos eólicos de 216 e 130 megawatts (MW), São Clemente e Tianguá, estarão localizados nos estados de Pernambuco e Ceará. A Casa dos Ventos tem o maior portfólio de projetos eólicos no Brasil, com mais de 4,8 mil MW de capacidade em energias renováveis em funcionamento ou em construção.

“Essas subestações e a infraestrutura relativa irão facilitar a integração, transmissão e distribuição de energia limpa para atender às crescentes necessidades de eletricidade na região”, disse Claudio Facchin, responsável pela divisão de Sistemas de Potência da ABB. “Ajudarão também a fortalecer a confiabilidade da rede e fontes de alimentação seguras. Esse pedido é mais um exemplo da Estratégia Next Level da ABB e de nosso foco em expandir mercados em crescimento”.

A companhia também será responsável pela entrega de subestações com painéis isolados a gás de 230 kV e 69 kV, incluindo subestações compactas de 34,5 kV com transformadores de distribuição, baías de conexão e linhas de transmissão. Para reduzir o impacto das interrupções resultantes da integração de energia eólica intermitente na rede, a ABB também está fornecendo religadores disjuntores de circuito projetados para interromper uma corrente de curto-circuito isolar falhas e evitar paralisações em cascata em toda a rede.

As subestações também estarão equipadas de acordo com a IEC 61850 de automação de padrão aberto compatível, e com sistemas de controle e proteção, para possibilitar o monitoramento e controle de todos os ativos de energia, a fim de melhorar a eficiência operacional e de manutenção, bem como a segurança nas instalações. Já os planos de expansão da Tecsis focam o potencial do setor. A empresa dispõe de seis plantas fabris e tem pedidos fechados pelos próximos dois anos.

Polo

Fazer de Sorocaba um polo industrial de energia renovável está entre os objetivos encampados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município. Titular da Pasta, Geraldo César Almeida destaca que têm sido feitas gestões para que novos empreendimentos se instalem por aqui.

Além disso, o governo aposta no potencial do Parque Teconológico como ambiente favorável a pesquisas e experimentos que podem agregar fator de desenvolvimento. Recentemente, Almeida anunciou que a secretaria também pretende trabalhar em parceria com os setores organizados (indústria, comércio, representações de trabalhadores, etc.) uma agenda local voltada a discutir e buscar alternativas práticas de combate aos efeitos da crise.

Na mesma oportunidade, informou que com base em números do Ministério do Desenvolvimento, que o bom desempenho das vendas da montadora Toyota e das fabricantes de equipamentos de energia eólica contribuíram para que o resultado da crise não impactasse o nível da atividade econômica.

No começo do ano, o secretário visitou a Universidade de Sheffield, na Inglaterra. A instituição desenvolve pesquisas no campo das fontes alternativas de energia e manifestou interesse de conhecer as empresas aqui estabelecidas. Mais do que isso, existe a possibilidade de ser firmado protocolo para que a Universidade se instale no Parque Tecnológico e ali execute ações que ajudem a fortalecer a cadeia produtiva.

Os entendimentos com esse objetivo estão em estágio avançado. “Em breve, técnicos da Sheffield estarão em Sorocaba para conhecer e abrir novas perspectivas para os negócios do setor. Vamos trabalhar isso e outras frentes para que a cidade continue se expandindo e consiga evitar os desdobramentos dessa crise, como a redução do nível de emprego”, concluiu Geraldo Almeida.

 

 

Fonte: Curzeiro do Sul Info

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