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Educação ainda é desafio na gestão de resíduos

A sensibilização dos habitantes das cidades não consegue ser atingida com eficiência e desafia o poder público

Há algumas décadas, já se tornou rotina alertar sobre os perigos que o modo de consumo moderno pode trazer sobre o meio ambiente, com a poluição do solo, da água e do ar e, como consequência, prejudicando a vida de ecossistemas inteiros. Contudo, ainda hoje, a sensibilização dos habitantes das cidades, sejam metrópoles ou exemplos do interior, não consegue ser atingida com eficiência, desafiando o poder público e entidades de proteção ambiental. O tema foi discutido no curso “Educação Ambiental”, dentro da programação do 5º Seminário Política Nacional de Resíduos Sólidos, na CDL Fortaleza.

A conversa foi conduzida pelo professor Luís Eduardo Salvatore, presidente do Instituto Brasil Solidário (IBS), para quem o uso de contêineres e placas indicando “Proibido colocar lixo” fazem parte de um “modelo falido”. “A raiz é quem tá jogando. É diálogo”, defende, lembrando que, em muitos bairros, o lixo domiciliar fica exposto à beira de muros, em frente às portas de residências e escolas.

Os participantes também pensaram em exemplos de sucesso no engajamento da população na destinação correta dos resíduos. “Em Crateús, optamos por não usar lixeiras; preferimos otimizar o processo de coleta seletiva, com caminhões que usam musiquinha chamando para a coleta. Assim, a população sente prazer em participar”, destaca a gestora ambiental Márcia Andrade, que já atuou como secretária do Meio Ambiente da cidade.

“Ninguém paga por resíduos como paga por energia e água. Enquanto não mexer com o bolso, não vai

melhorar muito. Mas, em compensação, só se pode cobrar com um serviço eficiente”, diz Márcia Andrade.

Leste-oeste

Outra iniciativa elogiada foi a circulação de ciclomonitores na Avenida Leste Oeste, em Fortaleza, que passou por diversas intervenções no segundo semestre do ano passado. Fardados, os profissionais fazem rondas nos bairros adjacentes observando quem joga lixo na rua e, em casos de agrantes, direcionam qual deve ser o comportamento correto. “Tem que envolver a comunidade”, arma Luís Eduardo Salvatore.

Para o presidente do IBS, a chave da conscientização está nas crianças, que, por sua vez, podem educar os pais. Ele defende a aplicação de projetos nas escolas, como o uso de papel reciclado, pufes e molduras com materiais reaproveitados e o cultivo de hortaliças em canteiros produtivos, bem como “a caixa de decomposição”, que indica os tempos de deterioração de resíduos encontrados no caminho da escola.

Seminário

Iniciado em 2014, o Seminário Política Nacional de Resíduos Sólidos discute a avaliação da PNRS, Lei Nº 12.305/2010, os rumos para o setor público atingir os objetivos da legislação, a geração de energia a partir do lixo e a gestão integrada dessas políticas. O evento conta com gestores públicos municipais e estaduais; representantes dos consórcios em formação; setores empresariais, acadêmicos; e membros da sociedade civil ligados à cadeia produtiva dos resíduos sólidos.

Fonte: diário do nordeste

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