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Jazida de urânio no Ceará é promessa para geração de energia

Esta semana, o mundo relembra o lançamento das duas bombas atômicas que devastaram as cidades de Hiroshima (no dia 6) e Nagasaki (dia 9), no Japão. O poder das duas, lançadas em 1945, chamou a atenção para o lado nocivo da energia nuclear que, de muito antes e até hoje, é estudada sobretudo com fins pacíficos.

No Brasil, o futuro dessa tecnologia tem, no Ceará, uma promessa que completa quatro décadas de sua gênese no ano que vem. Em junho de 1976, foi descoberta a reserva de urânio e fosfato de Itataia, em Santa Quitéria (a 222 quilômetros de Fortaleza). Pouco mais de dez anos depois do achado, a viabilidade da exploração foi constatada.

Hoje, Itataia é a última jazida de urânio prospectada do País, mas segue com destino indefinido. O licenciamento ambiental, de responsabilidade do Ibama, ainda não tem data para ser liberado – se for. No local, desde a subida do Morro do Serrote Verde, pedregulhos avermelhados já são o minério que, um dia, deve ser retirado. Depois de diversos adiamentos, o Consórcio Santa Quitéria, associação das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e do Grupo Galvani, pretende explorar a futura mina a partir de janeiro de 2018 – o que depende de a licença de instalação ser expedida ainda este ano.

De acordo com José Roberto de Alcântara, coordenador do Projeto Santa Quitéria, a expectativa é de que a mina tenha vida útil de 25 anos. “O Ceará precisa de um empreendimento desse porte”, defende. Devido ao bem mineral principal de Itataia ser o fosfato e, em decorrência, o urânio poder ser aproveitado, esta será a primeira vez, ele ressalta, que o Brasil terá duas fontes do mineral radioativo operando ao mesmo tempo: no Ceará e na Bahia. Por ora, Itataia abriga apenas o acampamento que um dia sediou os estudos de comprovação da jazida.

Na maioria das minas de fosfato, explica José Roberto, o urânio está presente, mas “a associação urânio-fósforo em concentrações tão elevadas torna a jazida de Itataia uma das mais peculiares do mundo”.

Futuro

Hoje, trabalham no Acampamento Itataia apenas dois cuidadores para preservar as instalações montadas décadas atrás e as amostras que serviram para as primeiras análises. A projeção é de que, durante a fase de implantação, a mina gere cerca de dois mil empregos diretos e indiretos, aponta José Roberto. Se chegar a operar de fato, o aumento populacional deve ser sentido, sobretudo, em Lagoa do Mato, distrito de Itatira e localidade mais próxima da jazida.

Durante o tempo de operação, a estimativa é de que o empreendimento gere até R$ 1 bilhão por ano. Parte dos benefícios fica pelo município na forma de impostos. “Só em pensar no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Santa Quitéria já dá um salto gigante”, projeta o secretário do Meio Ambiente da cidade, Homero Novaes. Antes disso, entretanto, será necessário lidar com “o bônus e o ônus” que a exploração vai trazer. “O financeiro tem de ser pensado para que a gente possa minimizar os impactos”, afirma o secretário.

Fonte: O Povo

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