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Lixo urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro pode virar energia elétrica para 1,5 milhão de residências

Imagem Ilustrativa

A região metropolitana do Rio de Janeiro aparece com destaque em um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) sobre as regiões com maior potencial de geração de energia a partir do lixo urbano.

Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) aponta que a região pode atrair investimentos superiores a R$ 14,6 bilhões.

De acordo com o estudo, a região tem a possibilidade de receber 20 usinas de recuperação energética (URE), com 20MW de potência instalada cada, totalizando um potencial superior a 400 MW de potência instalada, com uma produção de energia limpa e renovável na ordem de 3,3 milhões de MWh/ano – o suficiente para suprir o consumo de 1,5 milhão de residências – o equivalente a cerca de 12% da população da região.

A iniciativa, que envolveria investimentos de cerca de R$ 14,6 bilhões, pode gerar 24,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além disso, estima-se uma arrecadação de R$ 20,7 bilhões em tributos durante o período de operação da usina, estimado em 40 anos.

Segundo Yuri Schmitke, presidente da ABREN, “esse tipo de empreendimento, que oferece diversos benefícios ambientais, também é considerado mundialmente a solução mais adequada para resolver o problema dos resíduos sólidos urbanos”. Com cerca de 12,8 milhões de habitantes, a região metropolitana do Rio de Janeiro produz mais de 16,8 mil toneladas de lixo por dia, que somam 6,1 milhões de toneladas por ano.

Uma URE pode ser viabilizada por meio de um consórcio entre os municípios que compõem a região metropolitana do Rio de Janeiro, como prevê novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020). Durante a vida útil da usina, a cidade pode evitar a emissão de 331 milhões de toneladas de CO2, além de recuperar 6,4 milhões de toneladas de metais ferrosos e não ferrosos, sendo que a maior parte das cinzas podem ser reaproveitáveis pela construção civil e pavimentação.

“Além disso, o tratamento adequado do lixo evitaria gastos da ordem de R$ 7,5 bilhões para a saúde pública, relacionados a doenças causadas pela exposição dos cidadãos a condições insalubres de lixões, além de mitigar os gastos com danos ambientais provenientes do armazenamento inadequado de resíduos, estimados em R$ 10,8 bilhões”, destaca Schmitke.

O projeto de uma URE colabora ainda com a economia circular, pois auxilia na gestão mais eficiente dos recursos naturais existentes e otimiza o ciclo de reciclagem, contribuindo também com os coletores de materiais recicláveis.


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Sobre a ABREN

A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil. A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando ABREN – Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos.

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