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Semae afirma que custo inviabiliza compra de geradores para principal ETA de Piracicaba/SP

Cidade conviveu com dois cortes no abastecimento de água causados por falha elétrica na estação apenas neste ano.

O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de Piracicaba (SP) afirmou que o valor para adquirir geradores de energia para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETA) Capim Fino, a principal da cidade, inviabiliza a compra dos equipamentos. Só neste ano, a população atendida pela estação ficou sem água por duas vezes após problemas elétricos.

A estação, inaugurada em 1982, trata a água captada do Rio Corumbataí e abastece 90 reservatórios do Semae. A água retirada do Corumbataí é entregue para 80% de Piracicaba. Além da Capim Fino, a cidade possui outras duas estações, chamadas ETAs 1 e 2 Luiz de Queiroz, que recebe água do Rio Piracicaba.

A primeira falta d’água por falha elétrica ocorreu em 3 de janeiro.Problemas elétricos na cabine de força causaram a interrupção do tratamento de água em quatro momentos durante a madrugada e início da manhã. Com isso, o abastecimento foi afetado em vários bairros durante todo o dia e regiões mais distantes sentiram o problema até o dia seguinte.

Quedas de energia

Na data, o Semae apontou três possíveis causas: desequilíbrio de carga entre as fases, que pode causar o desligamento do disjuntor; variação de tensão na rede da CPFL, algo que a companhia negou para o próprio Semae; e defeito em um disjuntor.

O segundo caso ocorreu durante a última forte tempestade que atingiu Piracicaba. Quedas de energia também interromperam o tratamento. A estimativa é que 51 bairros foram afetados.

Conjuntura econômica

A autarquia afirma que realizou estudos para a aquisição de geradores para o local. “No entanto, levando-se em consideração os tipos de equipamentos existentes utilizados, os geradores adequados representariam um elevado custo de investimento, que diante da atual conjuntura econômica inviabilizou a sua aquisição”.

Sobre o maquinário da estação, o Semae negou que eles precisam ser trocados.

“Os equipamentos não precisam ser renovados no momento. A ETA vem passando por constantes processos de melhorias, incluindo a sua ampliação”.

G1 questionou quais os valores orçados na época em que os estudos foram feitos e como o Semae atua para evitar que eventuais falhas elétricas causem a paralisação do tratamento, mas não recebeu resposta.

Fonte: G1

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