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UFRN Resíduo Industrial

UFRN desenvolve material de baixo custo para tratar resíduo industrial

UFRN Resíduo Industrial

Uma mistura desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é capaz de tratar efluentes aquosos (que contém água), como aqueles produzidos pela indústria petrolífera, que carregam metais e têm caráter tóxico e cancerígeno.

O tratamento desses efluentes antes que sejam depositados em recursos hídricos, como os rios, evita a poluição desses ambientes e ecossistemas.

Primeiramente a tecnologia também permite o reaproveitamento desses efluentes para uso doméstico, como no caso de lavagens, além de um descarte correto que respeita a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Pois o material é produzido a partir da quitosana, bentonita e biocarvão da Munguba, uma planta típica da América do Sul e que tem até mudas produzidas pela UFRN, que fez o pedido de patente da tecnologia junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).

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UFRN Resíduo Industrial

Contudo uma das vantagens do material é, justamente, seu baixo custo para produção.

“São técnicas de tratamento de efluentes consideradas como baratas e de simples implantação. Uma alternativa economicamente viável é o uso de materiais naturais com baixo valor agregado, os bioadsorventes. Dessa forma, o que fizemos foi valorizar o resíduo proveniente da casca do fruto da munguba, através da sua aplicação como potencial bioadsorvente para o tratamento da água produzida, avaliando a remoção de metais pesados, como cobre, chumbo e cromo pelo método de adsorção em banho finito”, Joemil Oliveira de Deus Júnior, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFRN e um dos autores da pesquisa iniciada em 2021 e que deu origem ao pedido de patente.

Então a própria produção da mistura é feita a partir da utilização de dois materiais que podem ser obtidos de resíduos agroindustriais.

“No Laboratório de tecnologia ambiental, temos uma linha de pesquisa destinada ao tratamento de efluentes, onde fazemos o teste de novos materiais para remoção de contaminantes avançados de resíduos industriais, em especial a água produzida. O método de síntese empregado na invenção já está sendo testado com outras matérias-primas e sendo modificado para remoção de poluentes mais específicos e complexos”, detalha Karine Fonseca Soares de Oliveira, que também participou da pesquisa.

Por enquanto, ainda não há um prazo para que seja divulgado o resultado do pedido de patente. Atualmente, a UFRN tem mais de 600 ativos de propriedade industrial, entre patenteamentos e registros de programas de computador.

Além de Joemil e Karine, também participaram da pesquisa:

  • Dulce Maria de Araújo Melo, coordenadora do Laboratório de Peneiras Moleculares e o Laboratório de Tecnologias Energéticas;
  • Francisca Iara Araujo Franco,
  • Maria Antônia Cavalcante de Oliveira,
  • Marcus Antonio de Freitas Melo,
  • Renata Martins Braga,
  • Ângelo Anderson Silva de Oliveira.

Fonte: Saiba Mais.

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