Escassez de água chega à análise de crédito dos bancos
"Vai chover no Cantareira?" É a pergunta que os paulistas não se cansam de fazer nos últimos tempos.
"Vai chover no Cantareira?" É a pergunta que os paulistas não se cansam de fazer nos últimos tempos.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (5) que vai construir uma Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR) na Zona Sul de São Paulo
O presidente da ANA afirmou que somente um dilúvio poderá levar o sistema Cantareira à normalidade em 2015.
Há pelo menos uma década, em períodos pré e pós-eleitorais, os paulistas convivem com imagens e índices preocupantes da redução do nível das águas em sistemas como os da Cantareira e Guarapiranga.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reportou nesta quinta-feira lucro líquido de R$ 91,5 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 80,7% ante os R$ 474,9 milhões de um ano antes.
O Rio Jaguari, um dos mais importantes do sistema Cantareira, já recuou mais de 200 metros em pouco mais de três anos
Na Grande São Paulo, um estoque de água equivalente a dois sistemas Cantareira, capaz de sanar a crise de abastecimento, é ignorado.
O ex-superintendente jurídico da Sabesp, Lucas Navarro Prado, procurou reduzir a responsabilidade da estatal na realização de investimentos que poderiam ter contribuído para um menor impacto da crise de abastecimento de água na cidade
A Sabesp mapeou os bairros da capital paulista que sofrem risco de desabastecimento de água. Na última sexta-feira (24), a companhia enviou ao Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mapas que destacam ao menos 183 áreas onde a pressão da rede é reduzida durante a noite, medida adotada pelo governo há meses para lidar com a crise hídrica no Estado. A zona sul e a zona norte são as mais afetadas com cerca de 45 pontos de risco em cada região.
As imagens mostram a represa Jaguari em agosto deste ano, com cerca de 14% da capacidade, e um ano antes, com cerca de metade do volume