Funcionários da Cedae promovem ato contra a concessão da empresa
A proposta de concessão de Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) será alvo de um protesto de funcionários da empresa, nesta terça-feira, no Centro da cidade.
A proposta de concessão de Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) será alvo de um protesto de funcionários da empresa, nesta terça-feira, no Centro da cidade.
Cedae pede revisão tarifária e Agenersa concede aumento de 9,32%.
A proposta do BNDES prevê ainda um sistema de subsídio cruzado, no qual a tarifa de água que a concessionária pagará para a Cedae seria mais alta que nos demais municípios.
Nos bastidores, pessoas próximas ao presidente da Cedae, que é engenheiro e funcionário de carreira, dizem que a avaliação é que a empresa entregaria à iniciativa privada a parte mais lucrativa de sua operação.
O governo do Estado do Rio encaminhou uma carta ao BNDES dando aval à inclusão do serviço de saneamento — hoje feito pela Cedae — no programa de concessões do governo federal, informou ontem o secretário executivo do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Moreira Franco.
A situação da Baía de Guanabara, bem como das lagoas da Barra e de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, é apontada por especialistas como um dos maiores passivos ambientais da Cedae.
Relator especial da ONU para o direito humano à água e ao esgotamento sanitário e pesquisador da Fiocruz-Minas, Léo Heller diz que privatização não é uma panaceia e que a experiência internacional mostra problemas que deveriam ser considerados pelo governo brasileiro.
A maior parte desse montante seria destinada a áreas atendidas pela Cedae: R$ 21 bilhões.
Em reunião com o governador Luiz Fernando Pezão e o governador em exercício, Francisco Dornelles, a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, colocou na mesa as linhas gerais da proposta para criação de parcerias público-privadas com a Cedae.
Embora não haja unanimidade, integrantes da cúpula do estado garantem que a concessão da empresa poderá sair do papel em 2017