Programa de saneamento da Baía de Guanabara pode parar
Após décadas de promessas, projetos e metas que nunca foram cumpridas, a despoluição da Baía de Guanabara esbarra agora na crise do estado.
Após décadas de promessas, projetos e metas que nunca foram cumpridas, a despoluição da Baía de Guanabara esbarra agora na crise do estado.
Foram 41 votos favoráveis e 28 contrários à privatização da companhia. Antecipação da votação pegou mobilização popular de surpresa.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) tem algumas das melhores avaliações das agências internacionais de classificação de risco de investimento, como a Fitch Ratings e Standard & Poors.
Na noite desta quinta, os deputados começam a discutir o projeto, que permite ao governo estadual dar ações da empresa como garantia para tomar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) adiou para quinta-feira (9) o início das discussões do projeto de lei que autoriza a privatização da empresa estadual de saneamento Cedae e garante ao governo estadual um empréstimo para pagar salários dos servidores.
O governo federal vem trabalhando nos últimos meses para elaborar uma proposta com o objetivo de “privatizar” as empresas estaduais de saneamento, vinculando esta transação ao equacionamento de um déficit fiscal que existe em vários estados do Brasil.
A moeda de troca para o acordo de socorro financeiro da União ao Rio é o único ativo importante que o governo estadual tem a oferecer.
Sem obter consenso junto ao BNDES quanto ao modelo de concessão do serviço de saneamento básico, o governo do Estado do Rio decidiu tocar seu projeto mesmo sem apoio.
Acidente na tubulação aconteceu em janeiro de 1999 e contaminou a água a cerca de 900 metros da orla.
No início da sessão, o presidente da Cedae, Jorge Briard, fez uma longa apresentação sobre o projeto de saneamento básico para o estado e os caminhos que estão sendo trilhados pela companhia.