Eike Batista: do império às ruínas, passando pelo saneamento
Com bens bloqueados e acusado de formação de quadrilha, Justiça teme fuga do país
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Sobrevoar a Baía de Guanabara e a Bacia de Jacarepaguá não é uma experiência agradável. A espuma de esgoto e os rios assoreados ao redor mostram como os programas de despoluição estão longe de manifestarem resultados. Sem unidades de tratamento de lixo, as águas que chegam a estes ecossistemas levam dejetos para uma área cada vez maior e degradam a fauna marinha. Ontem, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reconheceu que o problema é “complexo” e que os esforços para limpar a região devem ser contínuos “nos próximos 20 anos”.
Apesar do aporte, ainda não há data para definida para a PBH terminar o trabalho de limpeza da lagoa
A despoluição da Baía de Guanabara é considerada imprescindível para as provas de vela da Olimpíada e é potencialmente um dos maiores legados do megaevento.
Apesar do investimento de US$ 2 bilhões previsto entre 2009 e 2016 na atual fase do projeto de despoluição, o Rio Tietê não registrou melhora na qualidade das águas em 2013, conforme o relatório da Cetesb.
Neste sábado (22), Dia Mundial da Água, a cidade de São Paulo tem pouco a comemorar. Após um verão seco e intenso, aliado aos já arraigados hábitos de desperdício, a cidade corre sério risco de racionamento de água. Em meio a crise de abastecimento, no entanto, o rio Pinheiros recebeu uma boa notícia. A secretaria ambiental de São Paulo anunciou os resultados de testes para encontrar uma tecnologia para limpar o rio.
A Prolagos acaba de iniciar a primeira etapa do programa de despoluição da Lagoa de Geribá e da Praia de Manguinhos, em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio. Concessionária responsável pelo serviço de saneamento da Região dos Lagos, a Prolagos tem previsão de concluir esta primeira fase até novembro deste ano.
O despejo de esgoto no rio Pirajibu, principal afluente da margem direita do rio Sorocaba, compromete a qualidade da água deste último e, com ela, o êxito de todo um importante programa de despoluição levado a efeito desde o ano 2000 pelo poder público sorocabano, ao custo global de R$ 150 milhões.
Os projetos de despoluição e desassoreamento do rio Tietê não terão resultados satisfatórios e definitivos se as principais causas da deterioração de suas águas, no passado e no presente, não forem combatidas.
O crescimento desordenado das cidades, somado ao descaso do poder público e à falta de consciência da população, fazem com que boa parte dos rios urbanos do Brasil mais pareçam a extensão das lixeiras.