saneamento basico

Maximização dos resultados com a integração dos processos água, engenharia da operação e atendimento comercial

Resumo

O efetivo controle de perdas reais é feito através do gerenciamento de pressão para minimizar as pressões do sistema e o tempo de duração de pressões máximas, enquanto assegura os padrões mínimos de serviço para os consumidores, estes objetivos são atingidos pela setorização dos sistemas de distribuição, controle de bombeamento direto na rede ou pela instalação de VRP’s. Pelo o controle ativo de vazamentos trata-se da reparação dos vazamentos mais visíveis, onde a metodologia mais utilizada no controle ativo de vazamentos é a pesquisa de vazamentos não-visíveis, realizada através de métodos acústicos de detecção de vazamentos, é uma atividade que reduz o tempo de ocorrência dos vazamentos, pois com o conhecimento da existência de um vazamento, o tempo gasto para sua efetiva localização e seu estancamento é considerado o ponto chave do gerenciamento de perdas físicas. Como parte da perda de água está relacionada com o gerenciamento global dos consumidores e das ligações domiciliares, englobando os aspectos físicos e comerciais como: confiabilidade da micromedição (aferição e manutenção), confiabilidade das estimativas de consumo, estado das ligações ativas ou inativas, ligações clandestinas, fraudes e irregularidades, também fez parte da atuação no setor de abastecimento o trabalho de engenharia focado na melhoria da micro medição buscando o dimensionamento mais adequado ao perfil de consumo do clientes. O presente estudo de caso demonstra a integração dos processos água, engenharia da operação e atendimento comercial.

Introdução

No Brasil os índices de perdas de água tratada nos sistemas de distribuição e abastecimento nas cidades brasileiras são alarmantes. Se comparados a valores e desempenho alcançados em outros países onde encontramos números entre 10% a 25%, as médias no Brasil chegam aos 37% (SNIS, 2013) e em vários grandes centros urbanos já ultrapassam os 70%. A quantidade de água tratada e perdidas nos vazamentos, nas ligações clandestinas e nos erros de medições de equipamentos velhos, mal instalados e subdimensionados levaram com que, em 2013, o País perdesse 6,5 bilhões de metros cúbicos/ano de água tratada, volume este que seria suficiente para abastecer uma cidade do tamanho de São Paulo por sete anos.
Outro ponto relevante que deve ser citado para entendimento dos desafios do setor é a escassez hídrica presente no Brasil, causada principalmente devido a concentração populacional em regiões em que há pouca oferta de água e pelos, na sua maioria, elevado índice de poluição em rios e represas o que torna ainda mais caro buscar e tratar agua em nosso País, lançam mais pressão sobre as empresas públicas e privadas que atuam no setor.
A redução da perda de água é hoje o maior objetivo das empresas de saneamento no mundo, pois de acordo com estudos 1,4 bilhão de pessoas (25% da população mundial), ainda não tem acesso ao fornecimento regular de água sendo notório cada vez mais a escassez do recurso hídrico devido ao desequilíbrio dos sistemas ecológicos da biosfera em função do adensamento populacional.
Atualmente profissionais especializados em controle de perdas e membros de instituições, ligadas à área, estão desenvolvendo trabalhos para quantificação dos volumes nos sistemas e direcionamento das atividades para redução de perdas e consequentemente economia de água.
Conforme ALEGRE et al. (2005), a avaliação de demandas e de perdas é uma das atividades mais importantes dos serviços de Engenharia no âmbito do controle de perdas, pois serve de parâmetro básico para a elaboração do plano de ação de combate às perdas. Trata-se de uma tarefa que envolve, dentre outras atividades, a análise do diagnóstico do sistema existente, e a realização de testes e medições em campo (ABENDE, 2003).

Autores: Marcos Vinicius Cabral Catanoce; Fernando Flores Catta Preta; José Eduardo Augustinho Silva; Marcos Tadeu dos Reis; e Paulo Sérgio Macedo Ferreira.

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