Pós-tratamento de efluentes frigoríficos e cultivo de peixe

 

Resumo

Assim como em várias indústrias alimentícias, os impactos ambientais das atividades de frigoríficos, abatedouros e cultivo de peixes estão relacionados com o alto consumo de água, geração de efluentes com grande potencial poluidor oriundos de diversas etapas do processo produtivo. Para minimizar o uso deste recurso, como também diminuir os impactos provocados pela atividade de produção de organismos aquáticos têm surgido tecnologias como os sistemas de recirculação RAS (Recirculation Aquaculture System). Dentre as técnicas aplicadas, a ozonização é uma técnica de tratamento eficiente, pois tem o potencial de degradar compostos orgânicos tóxicos, remoção de matérias orgânica recalcitrante e favorece o aumento da biodegradabilidade do efluente. Para isto, foi utilizado metodologia diferente para cada efluente, a seguir: Para efluente frigorífico foram realizados analises em diferentes pH’s 4, 6, 7, 8 e 10 sob diferentes tempos. Para o efluente do cultivo de peixes o ozônio foi avaliado em combinação com biofiltro aeróbio de leito fixo, com duração de 60 minutos e nos diferentes tempos em temperatura natural e temperatura controlada. Os resultados do efluente frigoríficos mostram que a aplicação de ozônio apresentou melhor remoção de cor alcançando 100% e turbidez 71,62% no tempo de 10 min de exposição, mas manteve a concentração significativa dos nutrientes nitrogênio ocorrendo pequenas reduções de 18% e fósforo de 25,79%. Os resultados de efluente de cultivo de peixes, apresentou remoção máxima de nitrogênio amoniacal pelo tratamento do ozônio de apenas 18% no efluente ozonizado aos 20 minutos, já para a desinfecção, o tratamento alcançou 99,9% de eficiência, possibilitando uma destinação, como forma de reuso. Ambos efluente tratado promoveu redução do pH devido a interação dos radicais com as moléculas presentes no efluente, como, dióxido de carbono (CO2). Todos os ensaios foram capazes à CONAMA 430 que trata de padrões de lançamento de efluentes, porém nem todos removeram formas de nitrogênio a ponto de adequá-los às exigências da CONAMA 357.

Autora: Caroline Horana Luiz Pinheiro.

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