Adasa autorizou aumentar captação de 3,1 para 3,3 metros cúbicos por segundo. Agricultores poderão retirar água dos afluentes todos os dias.
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) autorizou a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), a retirar mais água da Bacia do Descoberto a partir de março. O limite passou de 3,1 metros cúbicos por segundo pra 3,3 metros cúbicos.
A resolução foi anunciada e também permite que produtores rurais da região voltem a retirar água dos afluentes do Descoberto todos os dias, das 6h às 9h. Desde outubro do ano passado os agricultores só tinham permissão para captar água dos rios e córregos que abastecem a região nos dias ímpares.
Segundo a agência, a medida levou em conta o aumento do nível dos reservatórios nos últimos meses.
Nível dos reservatórios
O nível do Descoberto chegou a 59,1% do volume útil, e o de Santa Maria atingiu 42,9%. Um ano atrás, em março de 2017, o Descoberto operava com 46,9% da capacidade, e o Santa Maria com 47,5%. Já em março de 2016, o reservatório do Descoberto estava em 96,51% e o de Santa Maria em 74,61% .
De acordo com a Adasa, as curvas de referência adotadas para o acompanhamento dos reservatórios foram atualizadas para o ano de 2018. Considerando o volume de 800 milímetros de chuva esperados entre março e dezembro na bacia do Descoberto, a agência estima que o nível do reservatório alcance 37% da capacidade no fim do ano. No começo de dezembro de 2017 o nível ficou em 10,4%.
Já para o Santa Maria, a previsão é de 670 milímetros de chuva de março até dezembro. Assim, a expectativa da Adasa é que, no final do ano, o volume útil do reservatório chegue a 29%. No começo de dezembro de 2017, o reservatório operava com 23,1% da capacidade.
A curva de acompanhamento dos reservatórios foi elaborada a partir do estudo de cenários feito pela Adasa, Caesb e Secretaria de Agricultura. A avaliação é com base nos níveis do reservatório, cuja alteração se dá em razão da situação climática, das entradas de água trazidas pelos afluentes; e das saídas, oriundas do consumo pela população, do consumo dos agricultores (na bacia do Descoberto) e da evaporação, explicou a Adasa.
Fonte: G1 – Distrito Federal