Chuvas Severas Rio Janeiro
Autores: Carolina Orleans Stephá e Wanderson Luiz-Silva
A cidade do Rio de Janeiro convive recorrentemente com transtornos e tragédias originadas por chuvas extremas. A Defesa Civil é o órgão que atua ativamente diante desses episódios adversos, sendo responsável por desenvolver ações preventivas, de socorro, assistenciais, reabilitadoras e reconstrutivas, buscando minimizar os impactos e restabelecer a normalidade social.
Nesse contexto, o objetivo desse estudo é examinar o comportamento das chuvas extremas na cidade do Rio de Janeiro no clima presente e investigar cenários futuros desses eventos.
Assim, o presente trabalho caracteriza a distribuição espaço-temporal dos registros de precipitação extrema de 23 anos da cidade do Rio de Janeiro (1998-2020) elaborada por meio de índices específicos com dados de 28 pluviômetros do Sistema Alerta Rio.
Por fim, projeções futuras de chuvas intensas baseadas em cenários do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) foram avaliadas para o município no decorrer do século XXI através do modelo climático Eta-MIROC5.
LEIA TAMBÉM: APÓS PRIVATIZAÇÃO, SABESP DIZ QUE TARIFA SOCIAL VAI BENEFICIAR 1,2 MILHÃO DE PESSOAS
Essa pesquisa ratifica que os episódios de chuvas severas são diferentes em cada uma das regiões da cidade e que fatores topográficos influenciam acentuadamente os acumulados pluviométricos.
Os maiores limiares foram aferidos em bairros próximos a maciços, como a Tijuca (Zona Norte), a Grota Funda (Zona Oeste) e a Rocinha (Zona Sul), principalmente durante os meses de verão.
Contudo, as chuvas mais severas se comportam de modo ligeiramente diferente entre as zonas norte e sul da cidade durante o verão e o inverno.
LEIA TAMBÉM: ‘A GENTE ERROU MUITO’, DIZ CEO DA GRANBIO SOBRE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO
A diferença da precipitação total anual entre a Rocinha e outros bairros alcança até 700 mm, sendo essa uma região bastante vulnerável. As projeções futuras indicam um aumento expressivo das precipitações intensas em relação às médias históricas, reforçando ainda mais a relevância das ações de prevenção e preparação para esses eventos extremos.
Fonte: BASR