Com o contrato para fornecimento de aerogeradores para a Alupar, a carteira de pedidos da WEG, fabricante de motores elétricos e componentes eletroeletrônicos, na área de energia eólica alcançou R$ 530 milhões, segundo o presidente da empresa, Harry Schmelzer Jr. Em entrevista ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, Schmelzer contou que esse montante considera os cinco contratos nesse segmento firmados desde que entrou nesse negócio, há três anos.
O contrato com a Alupar, anunciado ontem, é o maior deles. Prevê a entrega, até o fim de 2015, de 46 unidades de 2,1 MW de potência cada, além da prestação de serviços de operação e manutenção por dez anos. “Isso consolidada a entrada da WEG no mercado de aerogeradores“, disse Schmelzer. Antes da Alupar, a companhia já havia firmado contratos com Tractebel, a primeira máquina será entregue em junho deste ano; Servtec; Companhia Paranaense de Energia (Copel) e com a gaúcha Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).
Hoje, a WEG e suas parcerias fornecedoras nesse negócio, que entram com as pás e a torre da unidade geradora, têm capacidade para entregar até cem aerogeradores por ano, ou o equivalente a 220 MW – a companhia não divulga o valor médio de cada unidade ou de cada contrato.
Conforme Schmelzer, os equipamentos são produzidos em Jaraguá do Sul (SC), cujas instalações receberam investimento complementar de R$ 15 milhões para entrada nesse novo mercado. O índice de nacionalização das unidades supera 80%, acima do mínimo de 60% de conteúdo nacional estabelecido para o financiamento, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), na área de geração eólica.
Neste momento, segundo o presidente, a WEG já está trabalhando no desenvolvimento de uma nova geração de aerogeradores, com potência de 3,2 MW cada um, a partir de um acordo firmado com a Tractebel. Esses equipamentos devem chegar ao mercado em três ou quatro anos.
Ainda na área de energia, a companhia fornece geradores e complementos para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e de geração de energia elétrica por biomassa. Também está ampliando a participação no segmento de energia solar, por meio de um projeto em Fernando de Noronha (PE) junto com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e de outro empreendimento com a Tractebel em Santa Catarina, que deve ser o maior dessa natureza no país.
Assim como o projeto de expansão internacional, a entrada da WEG em novos negócios está alinhada à estratégia de alcançar receita líquida anual de R$ 20 bilhões em 2020. Para alcançar essa meta, a companhia anunciou investimentos elevados em expansão de capacidade produtiva e foi às compras. Na semana passada, anunciou a compra de duas empresas na China, em uma operação que envolve três fábricas naquele país e deu a largada para a produção internacional de motores para linha branca, que até então a WEG concentrava no Brasil.
Em outra área de negócios, de motores industriais, a companhia brasileira está executando investimentos de US$ 345 milhões na própria China e no México.
Fonte: Portos e Navios
Veja mais: http://portosenavios.com.br/geral/23585-weg-consolida-atuacao-em-energia-eolica