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Mauá quer SABESP, mas e a Odebrecht ?

Depois de admitir a possibilidade de entregar a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) à Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) mesmo com planos de realizar PPP (Parceria Público-Privada) para resolver os problemas do abastecimento de água em Mauá, o prefeito Donisete Braga (PT) afirmou que a negociação com a empresa estadual passa a ser prioridade.

Ontem, o petista revelou que o “plano A” da administração, agora, é acordar com a Sabesp o abatimento da dívida do Paço com a companhia – referente à quebra do contrato pela municipalização do serviço na década de 1990 e à diferença da venda do metro cúbico de água – e discutir com a empresa estadual planilha de investimento no setor.

Até então, o retorno da Sabesp a Mauá era tratado como alternativa à PPP da Sama, já que o processo ficou travado depois de sofrer série de apontamentos do TCE (Tribunal de Contas do Estado) – alguns indicados pela própria companhia do governo do Estado. “O plano A é rediscutir todo o passivo da dívida que a Sabesp nos cobra, zerar isso. A Sama devolve os ativos e a companhia apresenta para o município um plano de investimento (em saneamento). Eu acho que é uma equação plenamente segura. É viável para a Sabesp, para o município e melhor para a população, que hoje é penalizada pela falta de recursos hídricos”, explicou Donisete.

A Sabesp calcula que a Sama deve em torno de R$ 2 bilhões, mas a autarquia municipal sustenta que esse valor não passa dos R$ 400 milhões, mas questiona o passivo. O único entrave para a entrega da Sama à companhia estadual é o fato de os serviços de tratamento de esgoto terem sido privatizados – está sob a concessão da Odebrecht Ambiental.

O chefe do Executivo, entretanto, garante ser possível as duas empresas operarem simultaneamente. Donisete não deu prazo, mas adiantou que tem nova conversa com a Sabesp nesta semana.

 

Fonte: Diario do Grande ABC

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