O partido, que comanda o Rio há 13 anos, propõe que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) conceda à iniciativa privada a parte mais rentável da Cedae. A ideia é passar nos cobres o serviço prestado na chamada Área de Planejamento 4 da cidade do Rio de Janeiro — Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca.
Em troca, o estado receberia, segundo cálculos da base aliada, algo em torno de US$ 4 bilhões — o que resolveria o problema da folha de pagamento por, pelo menos, dois anos.
Compensação
A empresa ou consórcio que assumisse a área nobre — a que mais cresce financeiramente no Rio — teria que, em contrapartida, prestar o mesmo serviço na Baixada Fluminense.
Para deixar o negócio mais atraente, o estado repassaria à concessionária os R$ 3 bilhões que já conseguiu com o governo federal para melhorar o fornecimento de água e o tratamento do esgoto da Baixada, área das mais populosas e carentes da Região Metropolitana.
A resistência do dono da caneta
O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) resiste à ideia de conceder parte das atividades da Cedae.
Mas, dizem os aliados, não terá outra saída.
O tempo passa, o tempo voa
A proposta tem o aval de todos os caciques do partido, inclusive do ex-governador Sérgio Cabral.
Quem diria… Pois Cabral rompeu com o ex-governador Marcello Alencar (PSDB) justamente quando, presidente da Assembleia Legislativa, impediu que o tucano privatizasse a Cedae no apagar das luzes de seu governo, em 1998.