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SAAB assume Saemja em Jaú e promete reduzir preço da tarifa

A empresa Águas de Jahu assumiu nessa segunda-feira (13) o Serviço de Água e Esgoto do Município de Jaú (Saemja) e já prometeu redução de 3% na tarifa. A firma pertence ao grupo Saneamento Ambiental Águas do Brasil (Saab), que já gerencia o tratamento de esgoto na cidade e venceu a licitação no ano passado. O contrato foi firmado até 2050.

Trata-se da maior concessão de serviços públicos da história da cidade. Com a privatização, o Saemja deixa de existir enquanto autarquia e passa, em tese, a fiscalizar o sistema como agência reguladora. Os cerca de 150 funcionários serão integrados à prefeitura, conforme informou Paulo Ferrari, que foi exonerado do cargo de superintende na sexta-feira.

Ferrari avalia como positiva a transição, uma vez que a empresa possui recursos para investimentos que o município não tinha condições de bancar. “Serão melhorias a curto prazo como a expansão do tratamento de esgoto e eficiência no abastecimento de água”, aponta.

Os valores que o grupo pretende injetar no saneamento da cidade dão dimensão do discurso de Ferrari.  A Águas de Jahu pagou R$ 20 milhões à prefeitura a título de outorga onerosa de serviço público e prevê ainda investir 165 milhões nos próximos 35 anos de contrato, sendo R$ 12 milhões já para o primeiro ano, conforme informou ontem à reportagem por meio de uma nota de imprensa.

A empresa será responsável por captar e tratar 70% da água consumida no município. O restante é produzido pela concessionária Águas de Mandaguahy. No entanto, esta última irá comercializar o líquido para o grupo Águas de Jahu, que, por sua vez, passará a distribuir 100% do produto à população.

O superintendente da concessionária, Ivan Mininel, enfatizou a experiência e a capacidade de investimentos do Grupo Águas do Brasil para a garantia de que o plano da concessão seja cumprido. Mininel diz que serão feitos  investimentos tanto na área de água quanto na de esgoto, mas também nas instalações físicas administrativa, comercial e operacional Ele ressaltou ainda que haverá substituição de equipamentos danificados no sistema, aquisição de equipamentos reservas, instalação de novas ligações e extensão das redes de água e esgoto. “A empresa irá trabalhar com variadas e modernas tecnologias.”

Acesso aos serviços

O grupo Saneamento Ambiental Águas do Brasil (Saab) destacou, em nota, que serão feitos investimentos no setor de atendimento ao cliente, facilitando seu acesso aos serviços. Para isso, será instalada uma loja no Centro de Jaú, ao lado da rodoviária, na rua Saldanha Marinho, 310.

“Na área de abastecimento de água serão realizadas, ainda no primeiro ano de atividades, melhorias nas seguintes localidades: Nova Jaú, Orlando Ometto, Pedro Ometto, Potunduva, Residencial Frei Galvão e Jardim Juliana. No setor de esgoto, o distrito de Potunduva será beneficiado com melhorias no sistema de coleta e tratamento”, informou a nota.

Líder

O Grupo Saneamento Ambiental Águas do Brasil (SAAB) é líder no setor de concessões privadas prestadoras de serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos no País. Com atuação desde 1997, o grupo é 100 % nacional e formado por quatro grandes empresas acionistas.

Entre os acionistas estão a Queiroz Galvão Saneamento, Construtora Cowan S.A, Developer S.A., Grupo Carioca Engenharia e Acquapar Participações. O conglomerado já tem concessão em diversas regiões do Rio de Janeiro, como as cidades de Petrópolis, Araruama, Saquarema, Silva Jardim, Campos dos Goytacazes, Niterói, Resende e Nova Friburgo.

Ações e multa

O abastecimento e tratamento de água e esgoto em Jaú sempre enfrentou severas críticas. As irregularidades e má gestão geraram ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público (MP) e, também, multa milionária, conforme o JC noticiou em janeiro de 2010.

Na época, a Justiça acatou pedido de liminar do MP determinando que o município, o Saemja e a concessionária Águas de Mandaguahy adotassem providências para garantir o fornecimento regular de água à população, sob pena de 100 salários mínimos para cada bairro onde houvesse desabastecimento. Também pelo fornecimento irregular de água e por entregarem o líquido em má qualidade aos consumidores, a concessionária e a autarquia foram condenadas a pagar multa de R$ 2 milhões, a títulos de danos morais, pelo descumprimento de cláusulas contratuais.

Fonte e Agradecimentos: http://www.jcnet.com.br/Regional/2015/04/empresa-assume-saemja-em-jau-e-promete-reduzir-preco-da-tarifa.html

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