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O Governo do Rio Grande do Sul informou na quarta-feira, 13, que decidiu mudar o processo e privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
Presidente do Sindiágua, Arilson Wunsch, explica a população como o processo está sendo tramitado
A alteração consiste na substituição do IPQ de oferta de ações na bolsa por uma venda integral da companhia. O anúncio foi feito pelo governador, Ranolfo Vieira Júnior, em coletiva de imprensa, no Palácio Piratini.
– Embora o Estado tenha muita confiança em todo o processo desenvolvido até aqui, com a decisão do TCE, não conseguiríamos concretizar a privatização na janela prevista. Em razão disso, o Estado, reunindo o Conselho Diretor do Programa de Reforma e o Comitê de Governança Corporativa das Estatais, decidiu por não recorrer da decisão do Tribunal, já que um eventual recurso atrasaria o processo e passaríamos a correr concretamente o risco da não efetivação da venda ainda no ano de 2022 -, afirmou o governador.
Corsan
Em comunicado, a Corsan explicou que desistiu da Oferta Pública Inicial de Ações (IPO), após o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul determinar que, antes de prosseguir com a venda dos papéis, a companhia precisaria corrigir o modelo usado para calcular seu próprio valor.
– Primeiramente, para nós servidores foi um alívio, mas acredito que quem realmente venceu essa batalha foi o Estado do Rio Grande do Sul e a população que precisa da tarifa social, principalmente das pessoas em maior vulnerabilidade social -, afirma o presidente do Sindiágua, Arilson Wunsch, em entrevista ao Complexo Luz e Alegria.
O presidente do Sindiágua também destacou que a Corsan não conseguiu responder o Tribunal de Contas, o qual, derrubou o valor das ações de quase R$3 para pouco mais de R$0,50. A Companhia afirma que até hoje não obteve resposta sobre esse assunto e que a dúvida se a água será privatizada ou não, permanece.
Wunsch também explica sobre o projeto Soluprat Corsan, um programa voltado para a limpeza de fossas sépticas, que está previsto no plano de saneamento básico de 2013. Para isso, está previsto um investimento de R$100 milhões, caso o projeto seja realizado de fato.
A modelagem de alienação integral abre espaço para a entrega do controle da Corsan, o que, de acordo com o presidente da companhia, Roberto Barbuti, potencializa uma maximização do preço da companhia.
– Com a remodelação, a intenção é concluir o processo de venda até o final do ano, medida necessária para a sustentabilidade da Corsan e para a melhoria do atendimento à população. A privatização é uma necessidade. Dentro do novo marco regulatório, estabelecido em março do ano passado, a necessidade de investimentos chega a R$ 13 bilhões nos próximos 10 anos para garantir maior eficiência operacional e dignidade social pela oferta de serviços de saneamento”, acrescentou o presidente da companhia, Roberto Barbuti.
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Privatização?
A expectativa do governo do Rio Grande do Sul é vender a companhia ainda este ano e, dessa forma, garantir o cumprimento da meta de investimentos da Corsan, de cerca de R$ 10 bilhões, implementada pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). Os recursos serão usados para alcançar a universalização dos serviços de água e esgoto.
A ideia original do governo do Rio Grande do Sul era privatizar a Corsan na abertura de capital. Seriam vendidas novas ações, que injetariam cerca de R$ 1 bilhão no caixa da empresa, e também as ações detidas pelo governo até que ele detivesse uma fatia menor que 50% na companhia.
Fonte: Folha Noroeste.
