Avanço do saneamento básico na região Nordeste ainda é pequeno

Segundo dados do Ministério das Cidades analisados pelo Instituto Trata Brasil, apenas 71% das pessoas possuíam acesso à água tratada e 21% tinham coleta de esgotos na região Nordeste, em 2011. O levantamento avaliou a situação dos indicadores de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos, perdas de água nas 100 maiores cidades brasileiras, além de expor o lento processo da “universalização do saneamento básico”, ou seja, o de prover acesso à água e a ligação à rede de esgoto em todos os domicílios brasileiros das grandes capitais.

Os 100 maiores municípios apresentaram 92,2% de população com água tratada, 61,40% com coleta de esgotos, 38,5% de esgotos eram tratados e 40% com perdas de água. Dentre as cidades analisadas no estudo estão as 20 maiores cidades nordestinas, incluindo as nove capitais. Maceió (AL) aparece em sétimo lugar entre as capitais do Nordeste quanto à avaliação dos serviços de água e esgotos, ocupando a 79ª posição no Ranking nacional. A capital alagoana tem 90,53% da população com água tratada e 35,36% com coleta de esgotos. O esgoto coletado é tratado.

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A melhor situação da região Nordeste foi encontrada em Salvador, entretanto, a cidade aparece na 36ª posição no ranking. A capital baiana tinha uma população estimada em três milhões de habitantes, com 92,49% das pessoas com água tratada e 79,20% com coleta e tratamento de esgoto. A segunda melhor capital da região foi Fortaleza (CE), ocupando a 43ª posição com 98,77% da população com água tratada e 53,63% com coleta e 51,77% de tratamento de esgotos. Já na terceira colocação do ranking, João Pessoa (PB) aparece em 52º lugar com 90,99% das pessoas com água tratada e 66,49% com coleta e 55,78% de tratamento de esgoto.

Para o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, a situação mais dramática é a da região Norte, seguida do Nordeste, que precisam acelerar os serviços de coleta e tratamento dos esgotos. “Temos muitas pessoas sofrendo por doenças nessas regiões, crianças que faltam as aulas nas escolas por conta das diarreias. Temos praias exuberantes recebendo milhões de litros de esgoto diariamente, o que é um absurdo quando pensamos na vocação turística destes locais”, afirmou Édison Carlos.

O Governo Federal estabeleceu como meta garantir que até 2033 todos os brasileiros tenham acesso aos serviços de abastecimento de água de qualidade e de saneamento básico. O prazo foi instituído pelo Plano Nacional de Saneamento Básico, criado através da Lei nº 11.445/07. Utilizados em 70% das obras de saneamento básico, os tubos e conexões de PVC são empregados desde o fornecimento de água tratada, através de adutoras, até nas redes coletoras de esgoto há mais de 70 anos.

Devido à grande durabilidade e resistência química, tubulações de PVC possuem vida útil de até 100 anos. “Estas características são importantíssimas em tubulações de saneamento, uma vez que a tubulação é, mais que um meio de escoamento dos resíduos, o elemento responsável diretamente pela contenção do esgoto em seu interior, mantendo o solo e o lençol freático em seu entorno protegidos de agentes contaminantes”, explica Américo Bartilotti Neto, diretor de Vinílicos da Braskem.

Além da característica de durabilidade o material é o mais indicado para ser utilizado em obras de saneamento básico devido ao aspecto econômico. “O PVC é, tanto em tubulações para água quanto para esgoto, a solução com melhor relação custo-benefício, principalmente nas bitolas mais utilizadas nas redes, inferiores a 300 milímetros na condução e distribuição de água e 400 milímetros em redes de esgoto. Tanto que, nestes mercados, a participação do PVC é superior a 70%”, ressalta Antonio Rodolfo, gerente de Desenvolvimento de Mercado e Engenharia de Aplicação do Negócio Vinílicos da Braskem. Atualmente, a produção de tubos e conexões de PVC, no Brasil, é de cerca de 500 mil toneladas anuais, sendo 30% destinados diretamente a saneamento básico.

Fonte: Tribuna do Norte

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