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Batizada de Bebedouro por fartura de água, cidade implanta racionamento

Em vez das três horas de corte diário no abastecimento anunciados inicialmente, há uma semana os moradores de Bebedouro (SP) estão tendo que se adaptar a um racionamento que os obriga a ficar sem água por até sete horas por dia. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saaeb) informou que o período de torneiras secas foi ampliado porque a interrupção planejada inicialmente não foi suficiente para elevar os níveis dos reservatórios.

Hoje, 70% da água que abastece Bebedouro vem dos córregos do Retiro e da Consulta, prejudicados pela falta de chuvas. Para tentar reverter o quadro, desde o dia 21, a Prefeitura iniciou um racionamento previsto para acontecer das 13h às 16h, horário em que, segundo o Saaeb, há intenso consumo de água.

Contudo, no fim de semana seguinte à data do corte, o tempo precisou ser estendido. “Nós tínhamos feito uma previsão das 13h às 16h, contudo, logo no final de semana vieram as queimadas e a situação piorou”, disse Gilmar Feltrin, diretor do órgão. Com isso, o racionamento passou a durar aproximadamente sete horas, variando de acordo com o nível dos reservatórios no dia.

Apesar de saber que a falta de chuvas é causa de preocupação para os reservatórios da água dos municípios da região há alguns meses, a moradora Márcia Chiavelli diz que ficou surpresa quando o racionamento começou na cidade.

De acordo com ela, a falta de água tem causado transtornos e a obrigou a replanejar suas atividades. “Eu, sinceramente, não sabia. Fui pega de surpresa. Antes, eu ouvi que eles estavam pedindo para as pessoas se conscientizarem, mas não sobre a possibilidade de um racionamento”, afirmou..

Embora entenda a reclamação dos moradores sobre o tempo do racionamento, Feltrin afirma que não há outra alternativa. “Ou a gente corta a água nos horários de intenso consumo ou o reservatório não consegue encher novamente. Ou você faz uma coisa ou faz outra. Infelizmente não tem como ter água em todos os horários que as pessoas gostariam”, disse.

Sem chuvas, o diretor do Saeeb não tem uma data definida para o fim do racionamento. “Eu ainda não tenho o telefone de São Pedro.” 

Fonte: G1

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