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Deso e Comitês de Bacias Hidrográficas visitam Adutora

Com o auxílio da Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, membros dos Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Sergipe, Piauí e Japaratuba realizaram visita técnica ao Sistema de Adutora do São Francisco, na última sexta-feira, 25 de Abril. A atividade teve como objetivo conhecer todas as etapas do Sistema, desde a captação até o tratamento e distribuição da água consumida na Grande Aracaju. A iniciativa do Fórum Sergipano de Comitês de Bacias Hidrográficas contou com o apoio da Deso, que conduziu os visitantes para conhecerem de perto os 6 equipamentos que fazem parte do Sistema.

São 90 km de tubulação. Numa ponta o rio São Francisco – na altura no município de Telha – onde oito bombas jogam 3.000 litros de água por segundo no Sistema. Na outra ponta, quatro cidades da região metropolitana que representam 40% da população de todo o Estado. Até chegar ao consumidor final, a água ainda passa por uma caixa de passagem, uma caixa de quebra carga e duas estações de tratamento.

O Sistema do São Francisco traz melhoria e segurança na condição de abastecimento de água de 70% da população da Grande Aracaju que é atendida diretamente pelo Sistema. O objetivo da nossa visita foi proporcionar o máximo de conhecimento e informações acerca do funcionamento e operacionalização desse que é o maior sistema de abastecimento de água do Estado. Dessa forma, os membros dos CBH´s poderão usufruir de valiosas informações para atuarem com mais segurança nas discussões e mediações de conflitos pelo uso da água no âmbito estadual”, ressaltou Luiz Carlos Sousa Silva, coordenador de Preservação e Revitalização dos Mananciais da Deso.

De acordo com o coordenador da Deso, o objetivo da empresa é proporcionar que seus equipamentos sejam vistos e visitados por multiplicadores de ideias e ações, que atuam na área do recursos hídricos de Sergipe. “A Deso tem uma política de mostrar pra população em geral o seu trabalho, seus equipamentos e as diversas formas de operacionalizá-los. Nesse contexto, essa visita técnica ao sistema da adutora do São Francisco serviu para colocar em prática essa política. Como retorno, os membros e convidados que assimilaram o que lhes foram repassados, têm a garantia de que tiveram na prática uma aula de alto nível e a certeza de que olharão agora para essas águas, com outros olhos, olhos de valorização do produto”, pontuou.

Conhecendo o Sistema
A primeira parada do grupo que visitou o Sistema São Francisco foi na captação da água, localizado no município de Telha. Lá já foi possível ver em funcionamento os investimentos da Deso em tecnologia, completando o ciclo de otimização da adutora. Os medidores analógicos deram lugar a instalação de painéis com mostradores digitais, que aumentam a segurança e controle de produção de água, além de quatro novos conjuntos de motobombas, o que possibilitou a captação e transporte de mais água a partir de 2010.

Após a captação, a comissão visitou a adutora por recalque, que conduz a água captada do São Francisco até a caixa de passagem, localizada no município de Malhador, a 136 metros acima do nível do mar. De lá a água desce por gravidade para as Estações de Tratamento de Água, passando antes pela caixa de quebra carga, para diminuir a velocidade da água. As ETA João Ednaldo e ETA Oviêdo Teixeira estão em fase conclusiva de duplicação, passando a suportar juntas uma vazão de 2700 litros por segundo.

A população da Grande Aracaju estaria passando por sérios problemas de racionamento se não fosse o Sistema São Francisco. Ele é a fonte, é o grande responsável pelo abastecimento de água dessa área que está em evidente crescimento populacional e econômico. Graças às águas do São Francisco, a população pode ficar segura do abastecimento, pois além de abundante a água do Velho Chico é de alta qualidade. Agora com o abastecimento de água assegurado, as pessoas devem se dedicar à conscientização sobre o uso da água, porque ela é algo finito”, salientou José Lenildo dos Santos, coordenador de manutenção de Adutoras.

Turbidez da água captada no São Francisco
Durante a visita, o coordenador de manutenção de Adutoras, Lenildo dos Santos, falou sobre uma situação pontual que ocorreu no início de abril. As fortes chuvas do início do mês provocaram a elevação da turbidez e da cor da água bruta do rio São Francisco. O leito manancial ficou comprometido com grande quantidade de material orgânico e lama causada pelas enxurradas, o que prejudica a captação.

Com as fortes chuvas, alguns riachos carrearam para dentro do rio São Francisco, por isso a água ficou com uma certa cor e turbidez. Hoje esses níveis já estão mais controlados, cerca de 10% de turbidez, mas na época das chuvas ela chegou à 150%. Hoje a turbidez da água já está regularizada e não há nenhuma justificativa dela chegar barrenta às casas”, avaliou Lenildo.

Fonte: FaxAju
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