O superintendente da Sabesp, Roberval Tavares, disse que a estatal já tem um plano traçado para investir em distribuição de água e esgoto em Santo André.
Ele relatou que o plano prevê a instalação de novas adutoras para resolver os problemas de falta de água na cidade dentro de seis meses. O plano prevê investimento de mais de R$ 1 bilhão. O projeto de lei que autoriza o município a firmar contrato com a Sabesp chegou à Câmara no dia 07/05, gerando grande polêmica e acabou com votação adiada. A propositura e tem previsão para ser votada no próximo dia 11/06.
“A negociação está indo muito tem com a prefeitura de Santo André, tanto que o prefeito Paulo Serra (PSDB) já apresentou o projeto de lei à Câmara. Importante deixar claro que vamos pegar um sistema falido e transformar em um modelo, igual fizemos em Diadema, que hoje é referência em saneamento porque o prefeito Lauro Michels (PV) deu foco ao saneamento”, disse Tavares durante evento sobre Meio Ambiente realizado nesta quarta-feira (05/06) em Diadema.
Roberval disse que em seis meses de atuação da cidade os problemas de falta de água serão resolvidos. Segundo ele a estatal já tem um diagnóstico da cidade e já sabe onde construir as adutoras para resolver o problema. “Garantimos que em 6 meses vamos resolver o problema de falta de água em Santo André. O Semasa, em 10 anos, não investiu. Temos um plano de investimentos de mais de R$ 1 bilhão e com isso vamos resolver”.
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Investimentos
Além desse valor de a Sabesp vai entregar valores ao município, da mesma forma que foi feito em Diadema, com o pagamento de R$ 95 milhões à cidade em 2015, quando foi extinta a Saned (Companhia de Saneamento de Diadema). Tavares não falou quanto a Sabesp vai pagar pelo Semasa. Mas disse que pelo contrato, será criado um Fundo Municipal de Saneamento Ambiental. “A Sabesp vai suprir esse fundo e a prefeitura vai resolver o que faz com o dinheiro. Ainda estamos discutindo os valores”.
Segundo Roberval Tavares, a prefeitura também já tem definido um plano para manter os empregos, mas à médio e longo os funcionários devem ser absorvidos pela administração municipal. “A prefeitura tem um plano de manutenção do emprego dos funcionários do Semasa durante o período de transição. Nesse período a Sabesp assume todos os funcionários do Semasa, depois a prefeitura vai assumir os trabalhadores que passam a ser servidores do município”, adiantou.