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Santo André investe em água para reduzir a dependência da Sabesp

Em meio à crise hídrica do sistema Cantareira, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) dará em abril, mês de aniversário da cidade, mais um passo para depender menos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A autarquia abrirá neste mês a licitação que escolherá qual empresa será a responsável por construir a nova ETA (Estação de Tratamento de Água) que possibilitará a ampliação da produção própria de água da cidade de 5% para 25%.

A obra é importantíssima nesse momento de crise hídrica, pois vamos produzir nossa própria água e diminuir a dependência dos sistemas que estão entrando em colapso”, avaliou o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz Jr. O equipamento será construído no Parque do Pedroso, próximo à ETA Guarará, responsável pela captação de 5% da água do município. A expectativa é da a obra custar R$ 80 milhões e durar dois anos. “Após a licitação, acredito que em mais quatro meses iniciemos as obras”, estimou Ney Vaz.

A nova ETA será capaz de produzir 350 litros por segundo de água e beneficiará diretamente 200 mil pessoas. Além da estação, o projeto contempla também a construção e implantação de 6,3 quilômetros de adutora de água bruta, 8.3 quillômetros de adutora de água tratada e um reservatório com capacidade de armazenamento de 2.000 metros cúbicos.

Outra novidade para o mês de aniversário da cidade é a finalização da Lei de Uso e Ocupação das Áreas de Mananciais, que deve ser encaminhada para votação na Câmara também neste mês. “A aprovação da lei é importante porque possibilitará a regularização fundiária dos imóveis, para que as escrituras saiam”, explicou o superintendente do Semasa. Entre os beneficiados pela medida estão os moradores do Parque Miami, Parque Andreense, Recreio da Borda do Campo e Paranapiacaba.

RESÍDUOS
Na área ambiental, o município também comemora, neste ano, a entrega da primeira fase de ampliação do aterro municipal, que estava fechado há seis anos. Com a reabertura, a cidade passa a economizar R$ 12 milhões ao ano, recurso que antes era usado para encaminhar os resíduos para o aterro sanitário Lara, em Mauá. O próximo passo será a entrega, até junho, dos dois galpões de reciclagem. “Queremos ampliar a reciclagem para 20% até 2015”, destacou Ney Vaz. Hoje a cidade recicla 8%.

Além disso, o Semasa estuda junto com a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) um projeto de compostagem – transformação da matéria orgânica, como casca de frutas e legumes, em adubo. “No início será algo pequeno, mas queremos iniciar isso até o final de 2015”, analisou Ney Vaz.

A autarquia também está elaborando, para lançar no próximo ano, o 1º Plano Municipal de Educação Ambiental, que será responsável por nortear os projetos de educação ambiental da cidade. “Estamos fazendo tudo isso para aumentar a vida útil do aterro”, argumentou. A estimativa é que o aterro tenha uma sobrevida de até oito anos, mas isso poderá variar para mais ou menos dependendo da quantidade de resíduos produzido pela população.

Fonte: ABCD Maior
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