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Seminário logística reversa: problemas e soluções

A Fiesp, por meio do seu Departamento de Desenvolvimento Sustentável e do Conselho Superior de Meio Ambiente, realizou de 4 a 6 de junho em São Paulo a 21ª Semana do Meio Ambiente.

O evento reuniu especialistas do setor para debater questões como políticas públicas de resíduos sólidos, modelos de produção, consumo e descarte, reciclagem, logística reversa e geração de energia.

O presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil, Paulo Roberto Leite, no dia 05 de junho afirmou que acredita no poder da indústria e que “o mundo vai mudar através do empresariado. Não há lugar para amadores neste setor. Quanto mais se puder realizar através das empresas, com lucratividade, mais resultados positivos serão atingidos. ”

O especialista destacou alguns problemas da logística reversa:

  • Coleta
  • Conflitos empresariais – adesão – sanções
  • Divulgação
  • Incentivos tributários e fiscais
  • Eficiência na logística reversa
  • Perfil industrial do reaproveitamento
  • Ecodesign
  • Mercado reaproveitados – preconceitos
  • Certificações e riscos de disrupturas
  • Capacitação profissional.

“Sobre os incentivos tributários e fiscais constatamos um baixo investimento em empresas de reaproveitamento, no transporte de resíduos e reaproveitados com mesmas regras e a bitributação. Alguns resultados possíveis são o aumento de atividade empresarial, melhora no perfil de empresas, melhora em tecnologias de reaproveitamento e profissionalização efetiva”, explicou.

Paulo Roberto Leite comentou as estratégias na coleta de resíduos. Em relação aos resíduos descartáveis:

  • Coleta informal: catadores – sucateiros
  • Coleta formal: Pontos de entrega voluntária (PEV)
  • Coleta seletiva: eficiência – custos

E resíduos duráveis:

  • Pequeno volume: coleta seletiva e sinergias setoriais
  • Grandes volumes: domiciliar, entrega-retirada e PEV médio porte

Reciclados

Em relação ao mercado para reciclados abordou os preconceitos industriais e da sociedade, dificuldades técnicas de reintegração e de reciclagens consecutivas, qualidades dos produtos e os entraves ao crescimento da indústria de resíduos. Como recomendação sugeriu: certificação de qualidade, divulgação conveniente, participação empresarial e pesquisa de novos ou de evolução técnica de materiais.

Cyro Bernardes Jr, do Conselho Superior de Meio Ambiente – Cosema/Fiesp salientou que o planejamento e regulação por parte do Estado são fundamentais e o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) deve ser parte de um processo de planejamento.

“ Parece óbvio, mas sem avaliar a viabilidade econômico-financeira, os planos se tornam listas de desejos. Reciclagem dá certo se o mercado pagar, catadores devem ser vistos como inclusão social e não solução”, afirmou.

Lia Helena Monteiro de Lima Demange, assessora da presidência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, afirmou que a Cetesb tem realizado reuniões de trabalho com consórcios e municípios individualmente, para oferecer orientações sobre a implementação da Logística Reversa e boas práticas de gestão para redução de resíduos destinados a aterros.

“É um estímulo aos municípios para exercício do controle e fiscalização de pontos de coleta de resíduos sujeitos à logística reversa (por meio de alvarás de funcionamento dos estabelecimentos comerciais) ”, disse.

Benefícios da Logística Reversa:

  • Oferecer canais de retorno;
  • Reduzir o volume destinado a aterros / incineradores;
  • Estimular a melhoria do projeto de produtos / embalagens, ampliando a oferta de produtos ambientalmente amigáveis;
  • Evitar / minimizar a geração, reduzindo a quantidade de embalagem e aumentando a vida útil do produto;
  • Ampliar o uso de material reciclado, substituindo recursos virgens.

Consumidores: Devolução após o uso

Comerciantes e distribuidores: Devolução aos fabricantes ou importadores

Fabricantes e importadores: Destinação ambientalmente adequada

Titular do serviço público de limpeza urbana: Se, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade da cadeia produtiva, será devidamente remunerado, na forma previamente acordada entre as partes.

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“São mais de 182 municípios no momento e a instituição está buscando a ampliação das parcerias”, afirmou Lia Helena Demange

CETESB de portas abertas

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