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Seminário em Piracicaba/SP aponta necessidade de discutir a erradicação de leucenas nas Bacias PCJ

A Secretaria de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba / SP (SEDEMA), promoveu no dia 13 de agosto, seminário que discutiu a proliferação de árvores do tipo Leucena no município e formas de controle dessa espécie que é considerada exótica e devido à sua intensa capacidade de reprodução acaba eliminando as demais espécies ao seu redor, ocasionando “desertos verdes”.

A abertura do evento, que aconteceu no Anfiteatro da Secretaria Municipal de Educação- SMA, teve a presença do Prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, do Secretário da SEDEMA, José Otávio Mentem, da vereadora do município e membro do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ, Nancy Thame, e do secretário executivo da entidade, Francisco Lahóz.

O seminário contou com as palestras do Secretário do Verde de Campinas (SP), Rogério Menezes, que abordou Plano do Verde e Manejo de exóticas invasoras na cidade, e do Professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e diretor da Propark, Marcelo Leão, que fez a apresentação sobre proposta de Controle de Leucenas em Piracicaba.

leucena

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Leucenas

Na abertura do evento, o prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, destacou o trabalho da SEDEMA na área ambiental e também na busca de soluções para o grave problema de invasão de leucenas na cidade. “As leucenas são um problema ambiental que precisamos buscar alternativas e esperamos que, experiências como a de Campinas nos aponte o caminho para essa solução”, disse.

Negri ainda citou como exemplo de sucesso no município a remoção das leucenas na Avenida Renato Wagner, antes um lugar abandonado que gerava insegurança entre os frequentadores e hoje é um belo parque linear.

O secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, atentou que a entidade iniciará um cadastro auto declaratório entre os municípios associados como forma de criar um banco de áreas com leucenas a serem erradicadas e reflorestadas com árvores nativas. “O nosso coordenador do Programa de Proteção aos Mananciais, Guilherme Valarini, ficará responsável por esse cadastro e a busca por parcerias com prefeituras, como a de Piracicaba e Campinas, a Fundação Municipal de Ensino (FUMEP) e demais parceiros que queiram contribuir com esse grande projeto”, pontuou.

Lahóz ainda comentou a criação de um banco de experiências exitosas na remoção de leucenas, como o caso de Campinas, para auxiliar os demais municípios das Bacias PCJ em erradicação dessa espécie exótica da nossa região. O Secretário do Verde de Campinas, Rogério Menezes, disse que o município tem interesse que sua experiência sirva de exemplo para outras localidades.

Áreas infestadas

Segundo o secretário do verde de Campinas, a leucena é a “campeã das campeãs na questão da invasão e de prejuízo ambiental causado pela proliferação dessa espécie invasora”. Menezes disse que numa única área foram erradicas mais de 40 mil invasoras, com consequente plantio de espécies nativas.

O Prof. Marcelo Leão, apresentou uma proposta para o controle das leucenas no município de Piracicaba e comentou sobre a importância do debate sobre o assunto: “não só as leucenas e toda vegetação invasora representam os maiores problemas hoje do mundo moderno. São essas plantas que se alastram de maneira descontroladas, tanto no meio urbano como no meio rural, ou até mesmo no meio rural não cultivado. E, por crescerem desordenadamente representam um prejuízo para todos os tipos de ecossistemas. Então, não é só dever, mas obrigação dos gestores públicos e privados criarem mecanismos e alternativas para controlar esse tipo de manifestação porque acabam impactando muito significativamente e negativamente nos ecossistemas”.

Durante as participações da plateia, foi atentado a necessidade de se dar um destino sustentável ao resíduo gerado pela extração das leucenas para o sucesso de ações que promovam a substituição dessa espécie por árvores nativas.

O secretário do SEDEMA, disse ser importante o mapeamento das áreas e quantidade de leucenas em Piracicaba, em paralelo, com medidas de comunicação e sensibilização, além de uma legislação que regule o procedimento de remoção desse tipo de espécie. “Temos de melhorar nossa comunicação, informando o que vamos fazer e educando, é fundamental para que as pessoas saibam que não estamos fazendo nada escondido, estamos fazendo aquilo que é melhor para o meio ambiente”, atentou Mentem.

Sobre o Consórcio PCJ:

O Consórcio PCJ, fundado em 1989, é uma associação civil de direito privado, composta por 42 municípios e 25 empresas associados, que atua como uma agência de fomento, planejamento e sensibilização, com o objetivo de recuperar e preservar os mananciais, além de discutir a implementação de políticas públicas voltadas à gestão da água. A entidade é referência nacional e internacional na gestão de recursos hídricos, sendo membro de importantes entidades internacionais, como: O Conselho Munidial da Água, a Rede Internacional de Organismos de Bacias (Riob), a Rede Latino-Americana de Organismos de Bacias (Relob) e a Rede Brasil (Rebob).

Fonte: Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ.

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