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Abastecimento de cidades dependerá de alto investimento

Levantamento preliminar do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) identificou que pelo menos 20% das cidades da bacia precisarão de investimentos pesados para garantir o tratamento de 100% do esgoto, ter segurança hídrica e reserva de água independente do regime de chuvas. Um relatório estará concluído até o dia 15 de maio e será entregue em Americana, ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, incluindo os projetos essenciais das cidades e o financiamento necessário.

Kassab disse nesta sexta-feira (24), em Indaiatuba, que a região terá prioridade na inclusão de projetos nas linhas de investimentos em saneamento. Desde fevereiro, o consórcio vem recebendo dos 42 municípios associados informações dos recursos hídricos disponíveis e o potencial de aproveitamento para ajudar as cidades a montar um planejamento de uso desses recursos.

Dependência

A maioria não tem reservação de água bruta e depende da calha dos rios, mas são poucos os que irão precisar de fortes investimentos. Nogueira disse que as respostas das cidades ainda estão sendo sistematizadas e por isso não é possível, ainda, ter uma visão de conjunto, de quais obras estão pleiteando e quanto vai custar.

“Hoje não temos o que fazer e a saída para a crise hídrica é esperar a chuva. Mas precisamos garantir que no futuro essa crise não se repita. Além da construção de barragens, que é uma orientação que consórcio vem passando às cidades, queremos incluir também o aproveitamento de água de poços profundos, de lagos que possam ser usados como reserva hídrica para que as cidades tenham suas próprias alternativas para enfrentar outra crise de abastecimento”, disse Nogueira.

Obras

No levantamento preliminar, as cidades apontaram a construção de barragens, formação de lagoas e a exploração de água subterrânea como alternativas de abastecimento futuro.

O combate às perdas também está entre as prioridades das cidades. As cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo levantamento do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (Snis), mantêm uma torneira vazando de 3 mil litros de água por segundo. Essa água, tratada, se infiltra na terra e corre pelas sarjetas enquanto a região vive uma crise hídrica sem precedentes e perto de ampliar o racionamento para além das cincos cidades já afetadas.

Perdas

O que se perde na rede de distribuição, por causa de vazamentos, corresponde a 30,7% do volume de água tratada que não chega às torneiras dos consumidores e que daria para abastecer uma cidade do tamanho de Campinas.
Campinas e Limeira são as únicas cidades das Bacias PCJ que possuem indicadores confiáveis de perda de água nas redes, segundo o Consórcio das Bacias PCJ. Essas cidades instalaram macromedidores, equipamentos utilizados na medição da quantidade de água que passa em determinado ponto da rede de distribuição, por onde conseguem identificar setores onde há vazamentos.

Índice alto

Assim, o índice oficial de perdas de 37% nas bacias PCJ é apenas uma estimativa — o consórcio acredita que deve passar de 50% a água perdida nas tubulações entre as estações de tratamento e as torneiras dos consumidores. Campinas perde 19,1% e Limeira, 15%, a menor do País.
Jaguariúna, Holambra, Pedreira e Amparo têm macromedidores, mas eles não atingem toda a rede. Para o secretário executivo do consórcio, Francisco Carlos Lahoz, é importante ter medições confiáveis para se saber quanto de água está sendo perdida nas redes, especialmente em momentos como o atual, em que as regiões de Campinas e Grande São Paulo enfrentam a mais severa crise hídrica dos últimos 80 anos. “A água perdida poderia nos salvar de um racionamento.”

 

 

Fonte: Mídia News

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