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Alckmin pede fim do PIS/Cofins para empresas de água

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta quinta-feira, 30, a desoneração do PIS/Cofins para as empresas de água e saneamento de todo o Brasil pelo governo federal, como forma de incentivar o investimento dessas companhias. Em entrevista à imprensa após participar da abertura do Salão do Automóvel, ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff prometeu essa desoneração há quatro anos, mas até agora não cumpriu. “Se o governo federal desonerar empresas de saneamento, o Brasil inteiro poderá investir.”

“Aliás, todos os candidatos prometeram na eleição de 2010. O governo desonera para muitas áreas e não desonera para água”, afirmou. O tucano avaliou que é essa uma pauta necessária do ponto de vista social e informou que vai levar a reivindicação para todos os governos estaduais e municipais também. Ele destacou que a desoneração vai ajudar as empresas, que poderão decidir se querem investir o valor economizado ou reduzir o valor das contas de água .

Alckmin garantiu que o Estado de São Paulo terá água “permanentemente. “Ainda sequer entramos na segunda reserva técnica, que está preparada. Além disso, já ultrapassamos o período mais crítico e estamos cada vez mais perto dos tempos das águas”, disse. O tucano avaliou que o problema dos municípios é a falta de reserva de água, mas disse que o governo está ampliando essa capacidade.

No caso da indústria automobilística, que está preocupada que um eventual racionamento de água possa aumentar os custos de produção, o governador sugeriu a utilização de água de reúso. Ele ressaltou que a Sabesp criou uma empresa para isso e que o polo petroquímico do ABC já utiliza esse sistema. “É um bom caminho, muito mais barato”, afirmou, destacando que “alguns países usam até para consumo humano”.

Ontem, Alckmin anunciou um pacote de pedidos à presidente Dilma para combater a crise hídrica que atinge o Estado. Além da desoneração do PIS/Cofins, um dos pleitos é que a União estabeleça o abastecimento humano como prioridade, em detrimento da geração de energia. Na ocasião, ele informou que iria pedir o fim da concessão da represa do Jaguari para geração de energia, para destiná-la apenas para o abastecimento.

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