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Novo modelo de investimento passará a ser defendido pelo Governo

Integrantes do governo brasileiro vão defender durante a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, nesta semana, em Washington, uma nova prática de investimentos na área de infraestrutura no país.

O objetivo é mostrar que os aportes de capitais para esses projetos no Brasil podem se tornar um ativo alternativo a outras opções de renda fica e variável que estão disponíveis no mercado, possuem baixo risco e costumam ser mais atrativas.

A reunião de primaver do FMI e do Banco Mundial é uma oportunidade para os governo dos países apresentarem suas metas e propostas a investidores em busca de novos aportes de capital.

Segundo estimativas do Banco Mundial, para obter taxas mais favoráveis de crescimento, os países em desenvolvimento devem investir US$ 186 bilhões e , em 2013, foram US$ 150 bilhões, segundo calculos do banco.

A delegação brasileira, sob o comando do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, terá vários encontros com investidores e deverá apresentar três linhas gerais para aportes em infraestrutura. A primeira é a criação de melhores instrumentos para investidores na área de “project finance”. Diante do ajuste fiscal, os aportes diretos do BNDES estão sofrendo uma redução natural. Por isso, há a necessidade de fazer com que os investimentos tenham novas formas de sustentação.

A segunda linha vai nesse sentido, já que prevê o fortalecimento da área de governança na infraestrutura. O governo pretende elaborar projetos capazes de oferecer aos investidores uma visão de longo prazo para os aportes.

Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, os investimentos em infraestrutura, como aqueles feitos por meio da aquisição de debêntures, costumam envolver riscos mais elevados, o que aumenta a taxa de retorno.

As dificuldades para a realização desses aportes eram solucionadas a partir da atuação do BNDES, que entrava com subsídios aos projetos, garantindo a realização. Agora, esse cenário mudou e o governo pretende elaborar projetos com prêmo baixo e modicidade tarifária.
A idéia é oferecer recursos por meio das linhas de financiamento do BNDEs com TJLP, atualmente em 6% ao ano, às empresas que captem recurrsos adicionais no mercado, como debêntures. Se essa meta for atingida, a expectativa é que haverá uma alavancagem no mercado de capitais, vista como necessária e positiva pela Fazenda.

A terceira linha envolve um esforço do governo para reduzir riscos regulatórios e garantir previcibilidade nas regras para a participação nos projetos. Essas medidas dariam mais segurança a investidores internacionais. O objetivo é criar condições para que o mercado comece a reduzir o custo do capital para investimentos no Brasil.

Como a Fazenda espera obter resultados num curto prazo, os encontros com investidores devem ser intensificados a partir de quinta-feira, quando Levy chegará em Whashington, e estendidos até a semana que vem, já que o ministro irá a Nova York para mais reuniões logo após o fim do evento do FMI.

Nesses diálogos não haverá a defesa de aportes num setor específico da economia, mas na área de infraestrutura como um todo. “O objetivo será, sobretudo, o de apresentar mudanças nos modelos de concessão num contexto de busca de maior atratividade do setor privado para investir nessas áreas e dinamização do mercado de capitais no Brasil”, informou uma fonte da área econômica.

Também não será feita a defesa de uma modalidade específica de investimento, mas a apresentação de um novo ambiente no país para a realização de aportes.
Fonte: Valor Econômico

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