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Sabesp compra 20 bombas e inicia obra para captar água do volume morto

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) anunciou nesta quinta-feira, 27, a compra de 20 bombas e início das obras para começar a captar o chamado volume morto das represas que compõe o Sistema Cantareira, conjunto de reservatórios que abastece metade da capital e outras cidades da Grande São Paulo. A previsão é que a água do volume morto possa começar a ser captada daqui a 60 dias. A compra das bombas custou R$ 80 milhões.

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O volume morto é a água que fica abaixo do nível do dutos que captam a água no fundo das represas. Diferentemente do restante da água, que é captada pelos dutos pela força da gravidade, o líquido do volume morto precisa ser sugado por bombas.

Segundo a presidente da Sabesb, Dilma Pena, as bombas serão instaladas nas represas Jaguari/Jacareí e Atibainha. “É importante a população saber que a Sabesp está tomando todas as medidas para garantir o abastecimento. Agora, é muito importante que a população diminua o consumo”, disse Pena, que classificou o atual momento como um “crise hídrica”, causada exclusivamente pela falta de chuvas.

“Se chover nos próximos meses a média de cada vez, a média, não mais, não será necessário usar o volume morto. Somente com gestão de demanda, com o bônus que temos dado, e com a gestão do sistema, passaremos o ano muito bem” garantiu Dilma. “O regime de chuvas, infelizmente, a Sabesp não controla. É como tufões, terremotos. Essa crise hídrica é um fenômeno da natureza.”

Racionamento. Questionado diretamente sobre risco de racionamento, Pena afirmou: “Estamos aí fazendo todo o esforço para garantir o abastecimento de água. A população respondeu muito bem. Essa semana, só com o bônus e o chamamento à conscientização da população, a produção de água até hoje (ontem) foi 3m³ por segundo menor. Então, a população da Região Metropolitana é muito consciente. Estamos tendo uma excelente resposta. Mas podemos economizar mais ainda”. afirmou.

O volume do Sistema Cantareira chegou a apenas 16,6% de sua capacidade. Até ontem, a represa recebeu 64 milímetros de chuva. A média do mês de fevereiro é de 202,6 milímetros.

Fonte: O Estado de SP

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