O documento destaca ainda em segundo lugar o Nordeste, com 31% da população beneficiada. Seguido pelo Sul e Centro-oeste. A região Sudeste aparece em primeiro lugar na cobertura do serviço: 93% dos moradores contam com o sistema de coleta de esgoto.
A situação é ainda mais preocupante neste momento em que todos os esforços estão voltados para o combate ao aedes aegypti. O mosquito que, além da dengue transmite a febre chikungunya e o vírus zika.
A epidemiologista Helena Brígido, da Sociedade Paraense de Infectologia, destaca que não adianta só a população fazer a sua parte.
“Nós sabemos que no Brasil o saneamento básico é muito precário. No Pará, nós temos uma dificuldade muito grande de controle de vetores por causa do saneamento básico deficiente.Nós estamos vendo um esforço da população. Mas se não tiver um saneamento básico adequado a gente não vai conseguir controlar. E mais, dengue, Chikungunya e Zika veio para ficar.“
Para o secretário Nacional de Saneamento Ambiental, do Ministério das Cidades, Paulo Ferreira, o sistema de coleta de esgoto no Brasil é deficitário. Ainda mais se levadas em consideração as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). O projeto prevê cobertura do serviço para noventa e três por cento da população em área urbana em 2033.
Segundo Ferreira, é preciso otimizar investimentos e tecnologias. Ele vincula o andamento do projeto a recuperação da economia e ao interesse do setor privado.
O diagnóstico divulgado mostra ainda que, em 2014, 156 milhões de brasileiros que vivem em áreas urbanas tinham acesso à rede pública de abastecimento de água. O número representa 93% dos moradores das cidades do país.
Fonte: EBC
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil