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CORSAN debate gestão de perdas, indicadores do saneamento e inovação em congresso

A Corsan está contribuindo de forma intensa com os debates do 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, realizado no Riocentro, no Rio de Janeiro. Nesta terça-feira (6), representantes da Companhia estiveram presentes em três atividades do evento, abordando gestão de perdas, indicadores do saneamento e inovação. O congresso é promovido pela associação nacional do setor, a Abes.

O engenheiro Ricardo Röver Machado coordenou o painel “Gestão e Controle de Perdas de Água”, no qual falou sobre as “Cartas de Porto Alegre”, que contêm uma série de sugestões acerca do tema ao governo federal e às empresas de saneamento. Os documentos foram elaborados no 1º Seminário Nacional de Gestão e Controle de Perdas de Água, ocorrido em julho passado, na capital gaúcha.

De acordo com Machado, as medidas são prioritárias para a melhoria dos serviços prestados à população. “Trata-se de ações imprescindíveis ao fortalecimento e ao desenvolvimento das atividades de gestão de perdas e, consequentemente, do saneamento em nível nacional. Esse é um tema estratégico ao abastecimento e ao meio ambiente e que dialoga com aspectos financeiros, sociais e de saúde pública”. Ele apresentou uma moção, aprovada pelo público do painel, solicitando que os documentos produzidos em Porto Alegre sejam respaldados e adotados como cartas do congresso ao governo federal e às empresas de saneamento. Machado coordena o Programa Especial de Gestão de Perdas e Sustentabilidade da Corsan e a Câmara Técnica de Gestão de Perdas da Abes-RS.

Confira as ações propostas

Foram dez as indicações ao governo federal:

– Promoção de uma mudança de cultura das lideranças do setor de saneamento, com foco na execução de programas de gestão e controle de perdas;
– Estabelecimento de programa de combate a desperdícios;
– Criação de programas de conscientização da sociedade em geral;
– Desoneração de PIS/Cofins das empresas de saneamento;
– Garantia da destinação de recursos mencionados no Plano Nacional de Saneamento para combate às perdas e gestão operacional;
– Formulação de diretrizes com incentivo à implantação da chamada “Tarifa Consumo”;
– Estímulo a ações integradas entre as empresas de saneamento e as universidades;
– Incentivo à inovação tecnológica e às melhorias nas gestões operacional e comercial por meio da formulação e execução de estratégias empresariais;
– Aplicação de parte dos recursos obtidos com a cobrança pelo uso da água em programas de combate a perdas e de proteção de nascentes e mananciais;
– Estabelecimento de mecanismos de unificação dos parâmetros que dão origem aos índices de perdas, bem como a implantação de sistemáticas de orientações e auditorias nos valores informados.

Já as sugestões às empresas de saneamento, também uma dezena, consistem em:

– Prioridade à elaboração de programas de gestão e controle de perdas para médio e longo prazo;
– Fortalecimento do sistema de liderança, assegurando a esses programas uma orientação estratégica;
– Prioridade à execução da estratégia;
– Criação de centros de treinamento profissionalizados voltados às atividades de gestão de perdas e controle operacional;
– Prioridade, nas peças orçamentárias, ao desenvolvimento de programas para melhorias na gestão dos sistemas, eficiência energética e redução de custos operacionais;
– Busca, junto ao Ministério Público e a prefeituras, de instrumentos com segurança jurídica que proporcionem o abastecimento de áreas irregulares, ainda que provisoriamente, bem como medidas para coibir fraudes e ligações clandestinas;
– Busca de linhas de financiamento para combate às perdas e gestão operacional;
– Estabelecimento de programa de ações integrado com universidades e instituições de pesquisa;
– Desenvolvimento de programa de combate a desperdícios, voltado a grupos e lugares expostos à vulnerabilidade social.
– Execução de programas de conscientização da sociedade em geral.

Indicadores e inovação

No mesmo dia, o assessor da Presidência Sandro Camargo, que é o coordenador geral da Câmara Temática de Indicadores da Abes, comandou uma reunião aberta do grupo. Na ocasião, abordou o alinhamento do Guia Referencial para a Medição do Desempenho a outros sistemas de medição do saneamento ambiental. O diretor de Operações, Eduardo Carvalho, participou como debatedor, também na terça-feira (6), da segunda parte do painel “Inovação da gestão em saneamento”.

Além da participação nos debates, a Corsan está presente na 11ª Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes), com um estande decorado ao estilo típico gaúcho. O espaço leva as tradições do Estado a um grande número de visitantes de todo o país e do exterior, que podem servir-se de rapadura, chimarrão, água quente e gelada. Completando a participação da Companhia, funcionários disputam as provas do Campeonato de Operadores e apresentam trabalhos técnicos.

Ricardo Röver Machado
Sandro Camargo
Eduardo Carvalho
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