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Filtro que “recicla” água através de energia solar rende prêmio à estudantes

Imagine reutilizar a água suja de casa com um filtro que funciona pelo calor do sol. A ideia está prestes a virar realidade, graças a dois estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), que foram premiados internacionalmente pelo projeto.

No ano passado, Jupiara Lima, de 28 anos, e Vanderli Dantas, de 26, desenvolveram um equipamento que transforma a água usada de banhos ou na lavagem de utensílios domésticos – a chamada “água cinza” – em apropriada para atividades como o cozimento de alimentos e na agricultura familiar, como pequenas hortas. Isso sem gerar custo para o usuário.

Os alunos de comércio exterior escolheram o material reciclável de garrafas pet para criar o equipamento. A cor preta, segundo Jupiara, serve para absorver melhor o calor gerado pelo sol. “O design do produto é um diferencial”.
Com 100 centímetros de base e 88 centímetros de altura, o produto tem capacidade semelhante à de uma caixa d’água de 310 litros, dos quais 155 litros são limpos pela evaporação, acrescenta a estudante.

Ao absorver a energia solar, a água entra em processo de evaporação, que separa os resíduos e impurezas da água num processo de filtragem, também compatível com águas salinizadas, como do mar. O equipamento tem capacidade de purificar 21 litros de água por dia.

O projeto recebeu um prêmio de R$ 3 mil em um concurso da plataforma UmSóLugar, sediada em Berlim. A competição envolveu estudantes de pelo menos 27 universidades brasileiras com intenção de se tornar empreendedores.

O filtro ecológico também foi premiado com US$ 5 mil pela competição de Talento e Inovação das Américas (TIC Americas), na categoria Eco Desafio, durante a Cúpula das Américas, realizada no Panamá em abril deste ano. Participaram 32 equipes de 17 países.

Jupiara e Vanderli criaram um protótipo em 3D pelo computador, e agora o equipamento está em fase de testes. Se tudo der certo, ele pode ter viabilidade comercial, diz a estudante. Os recursos dos prêmios vão ajudar a viabilizar o produto, conta.

A ideia inicial do projeto é atender comunidades isoladas de áreas urbanas e que sofrem com falta de água potável na região Nordeste, por meio de programas governamentais, segundo Jupiara. “Pensamos em quem precisa andar mais de dois quilômetros para buscar água de poços. Esse filtro também tem capacidade de purificar a água barrenta destes locais”, explica.

 

 

 

Fonte: G1

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