Para relatora da ONU, falta de água é culpa do governo de São Paulo
Candidato à reeleição, o governador tucano nega o racionamento, que na prática já atinge 2,1 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo
Candidato à reeleição, o governador tucano nega o racionamento, que na prática já atinge 2,1 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo
Quase três meses após o início do bombeamento do volume morto, um grande trecho das Represas Jaguari-Jacareí, que representam 82% da capacidade do Sistema Cantareira, virou um córrego. É por um estreito canal que cruza o solo rachado dos reservatórios, entre as cidades de Bragança Paulista e Joanópolis, no interior paulista, que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tem sugado a água que resta no manancial.
O governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (21) que as medidas adotadas pelo governo podem garantir abastecimento de água pelo menos até o final do ano.
As ações da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) (SBSP3) tiveram perdas de 24,45% desde o início deste ano. O
Desesperados com a falta de água, moradores quebraram a laje de um córrego canalizado há muitos anos para se abastecer, em Itu, na região de Sorocaba (SP). A água retirada com baldes por um buraco aberto no cimento é usada para banho e lavagem de roupa.
O esgotamento dos reservatórios usados para abastecimento, causado pela seca, já leva cidades do interior a captar água em rios poluídos para atender a população. A prefeitura de Indaiatuba, cidade de 200 mil habitantes na região de Campinas, iniciou processo para retirar água do Rio Jundiaí, um dos mais poluídos do Estado no trecho que corta o município.
Escassez atingirá 26 cidades, se for mantida redução da vazão de afluente do Paraíba do Sul
Comandado por Hermes Chipp, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, um órgão federal, emitiu nesta última terça-feira uma dura nota contra a Cesp e o governo de São Paul
O Ministério Público expediu nova recomendação à cidade de Itu (SP) por considerar insuficientes as medidas adotadas até o momento para combater a crise hídrica. O órgão quer que a Prefeitura utilize a outorga de direito de uso de recursos hídricos de particulares para evitar a situação de calamidade. O município enfrenta uma das maiores crise no abastecimento de água do Estado de São Paulo.
Mais de 2,392 bilhões de litros de água: essa é a quantidade diária “perdida” pelo Sistema Cantareira para abastecer quase 14 milhões de pessoas na região de Campinas e na Grande São Paulo.