SP pode provocar colapso no abastecimento de água do Rio
Escassez atingirá 26 cidades, se for mantida redução da vazão de afluente do Paraíba do Sul
Escassez atingirá 26 cidades, se for mantida redução da vazão de afluente do Paraíba do Sul
Comandado por Hermes Chipp, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, um órgão federal, emitiu nesta última terça-feira uma dura nota contra a Cesp e o governo de São Paul
Mais de 2,392 bilhões de litros de água: essa é a quantidade diária “perdida” pelo Sistema Cantareira para abastecer quase 14 milhões de pessoas na região de Campinas e na Grande São Paulo.
Se a situação da falta de água se agravar, como já está sendo considerado por vários segmentos empresariais, o impacto na inflação não será pequeno
A crise está a forçar "um número crescente de famílias" a prescindir dos serviços de água e saneamento, o que "pode ser uma bomba-relógio" para a saúde das populações, alerta uma especialista das Nações Unidas.
A estiagem que atinge o Estado de São Paulo gerou desconforto entre o governo paulista e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), segundo publicou neste sábado o jornal Folha de S. Paulo. Desde quarta-feira, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) tem liberado na hidrelétrica de Jaguari apenas um terço do volume de água determinado pelo ONS.
Para o sócio da GO Associados e ex-presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Gesner Oliveira, o Brasil demorou para investir em tecnologias e ações que focam a coleta e tratamento do esgoto, assim como em projetos que visam o reúso da água. A afirmação foi feita ontem, durante o fórum Arq.Futuro, que pela primeira vez ocorre fora do circuito das capitais brasileiras.
O Ex.presidente da Abar, Wanderlino Teixeira afirma que o setor de saneamento básico enfrenta uma crise estrutural em nível mundial. ´Ao mesmo tempo, muitos países ainda não dispõem de uma estrutura regulatória´, afirma. Entre os próximos dias 20 e 22, ele participa, em Fortaleza, do I Congresso Brasileiro de Direito de Águas e do seminário ´Regime Jurídico dos Serviços de Água e Esgoto sob a Égide da Lei 11.445/2007´
A crise do abastecimento de água no país, sobretudo no Sudeste, expõe fragilidades na gestão de recursos hídricos e explicita uma grande desarticulação político-institucional entre as esferas de poder que atuam nesse tema: União e Estados, como detentores do domínio das águas e os municípios, responsáveis pelas políticas urbanas e titulares dos serviços públicos de saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico.
Assista a entrevista de Miriam Leitao com MArcio Arce sobre a Crise no Sudeste