Instalação de hidrelétricas de pequeno porte pode ter regras simplificadas
Está pronto para votação no plenário do Senado, o projeto de lei da Câmara (PLC 1/2014) que incentiva a implantação de centrais hidrelétricas de pequeno porte.
Está pronto para votação no plenário do Senado, o projeto de lei da Câmara (PLC 1/2014) que incentiva a implantação de centrais hidrelétricas de pequeno porte.
O Brasil, que tanto se empenhou para justificar o uso de hidrelétricas para produzir energia limpa, vive um impasse com relação aos investimentos na área e à reversão de conceitos relativos ao fornecimento aos segmentos empresarial e doméstico.
O setor elétrico brasileiro opera em estado de "sinal amarelo" por conta de uma forte seca que afeta a capacidade de geração de muitas usinas hidrelétricas, admitiu nesta quarta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
Com o chamado período de chuvas terminando no próximo mês de abril, as chuvas continuam fracas, insuficientes para elevar o nível dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país, que continuam em franca queda. No último dia 28 de fevereiro o nível dos reservatórios das Regiões Sudeste/Centro-Oeste era de 34,6%, praticamente o mesmo da média de março de 2001, ano do racionamento, que foi de 34,5% e abaixo dos 37,1% verificados no dia 10 de fevereiro último. Na Região Sul a situação também é crítica com o nível em 38,6%, bem abaixo dos 47,4% de 10 de fevereiro último.
Se em boa parte do Brasil a falta de chuva preocupou pela possibilidade de apagões e danos à lavoura, alguns locais sofrem com cheias históricas e prejuízo na safra de grãos. Porém, apesar de toda a instabilidade do clima brasileiro entre o final de 2013 e o início deste ano, espera-se que as chuvas que devem cair por todo o país nos próximos dois meses sirvam para garantir o nível dos reservatórios das hidrelétricas.
O nível dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste/Centro Oeste do país, principal para abastecimento de energia elétrica no Brasil, caiu para abaixo de 35 por cento de armazenamento, volume inferior à estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o término de fevereiro.
Mesmo com a estiagem, os reservatórios das hidrelétricas da região de Bauru funcionam com níveis acima do que foi registrado em outras áreas do País no último dia 9. Em nota, a assessoria de imprensa da AES Tietê, empresa responsável pela geração de energia em cinco usinas instaladas no rio, afirmou que os reservatórios de Bariri, Barra Bonita e Ibitinga operavam, na quarta-feira, com 90,64%, 75,08% e 55,28% da capacidade total, respectivamente.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), formado por representantes do governo na área de energia, divulgou nota nesta quinta-feira (13) em que afirma que o fornecimento de energia no país em 2014 está garantido, a não ser que a situação dos reservatórios piore nos próximos meses, probabilidade considerada “baixíssima”.
Com previsões ainda pouco animadoras para chuvas, o nível do reservatório de água do subsistema Sudeste/Centro Oeste, que responde por 70% da geração de energia do país, é o menor em mais de 13 anos para meses de fevereiro.
Neste início de ano, as trombas d'água, como é de costume, têm alagado ruas, invadido casas e até resultado em mortes em vários centros urbanos do País. Para as cidades, tem sido, em muitos momentos, um caos. Para o setor de energia elétrica, porém, o volume de chuvas de janeiro frustrou expectativas.