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Arábia Saudita inicia a construção da primeira usina solar capaz de dessalinizar a água do mar

IMAGEM ILUSTRATIVA

A usina de energia solar ficará pronta ainda este ano e é uma solução para diversos problemas dos países do Oriente Médio, podendo ser levada a outros países

A Arábia Saudita está finalizando construção da primeira usina de “domo solar” capaz de dessalinizar água do mar e revolucionar a indústria de energia renovável. A construção da usina solar é uma parceria entre o governo do país, com a empresa inglesa, Solar Water, e tem como objetivo desenvolver uma nova forma que não emite carbono, não utiliza produtos químicos poluentes e sem muito consumo de eletricidade para transformar a água do mar em água potável, através da energia solar.

Projeto da usina solar obteve investimentos de US$ 500 bilhões

A proposta da usina solar compõe o projeto “NEOM”, onde está previsto um custo de US$ 500 bilhões para fomentar ideias inovadoras em busca de um futuro limpo. O acordo foi assinado no final de janeiro do ano passado e a construção da usina solar, localizada no noroeste da Arábia Saudita, já está em fase final e a expectativa é que já esteja concluída até o fim deste ano. De acordo com o presidente da Solar Water, David Reavley, a planta de energia solar na Arábia Saudita é essencialmente uma panela de aço enterrada no solo, coberta por uma cúpula de vidro, que toma a forma de uma bola. A instalação é baseada em uma tecnologia experimental de energia solar concentrada, composta por refletores heliostáticos, que são semelhante aos painéis de energia solar, onde focam a radiação para o interior da cúpula. Logo após, o calor é armazenado e direcionado para a água do mar, que está dentro da cúpula, fazendo com que o líquido seja evaporado e então condense para se transformar em água limpa.

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Falta de água motiva empresas a buscarem novas soluções

O executivo afirma que a construção da usina solar na Arábia Saudita traz como vantagem um relativo baixo valor e fácil aplicação, podendo promover seu uso econômico em diversas outras partes do mundo onde há predominância de falta água potável, em especial no Oriente Médio. Vale ressaltar que a água cobre 71% da terra, mas apenas 3% desse total é de água doce. Tendo em vista a falta do recurso natural mais importante na vida humana, em grandes porções do planeta e que também ocorrem poucas chuvas, encontrar soluções motivam o esforço na criação de novas tecnologias de dessalinização através da energia solar.

Outras empresas buscam soluções limpas para obter água potável

Além da Solar Water, em parceria com o governo da Arábia Saudita, outras empresas buscam a mesma solução, como a Solar Water Solutions e o Climate Fund Manager. Juntos, suas atuações já instalaram cerca de 200 unidades de dessalinização que não emitem nenhum gás poluente no condado de Kitui (Quênia), com a missão de fornecer água limpa para 400 mil famílias até o ano de 2023. Ainda há outras soluções inovadoras, como é o caso dos Emirados Árabes Unidos, que utilizaram veículos aéreos para descarregar eletricidade em nuvens e fomentar a precipitação, os objetos são chamados de “drones de chuva”. Outra grande empresa nesse ramo é a Source Global, que utiliza hidropainéis em sua usina solar que extrai água potável do ar. O projeto da empresa não necessita estar ligado à uma rede de infraestrutura ou utilizar eletricidade. O próximo projeto da empresa será, também, na Arábia Saudita, onde a empresa construirá 18 hotéis que utilizaram a água potável das usinas. Fonte: CPG
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