saneamento basico

Avaliação do potencial de uso de materiais geopoliméricos para a adsorção no tratamento de efluentes

Resumo

Nos últimos 50 anos, o crescimento econômico global aumentou acentuadamente, sendo em grande parte devido a triplicação da extração de recursos naturais e energia que impulsionam a produção e consumo. Esse crescimento impacta no meio ambiente, principalmente na qualidade da água e efluentes, já que um tratamento inadequado dos descartes industriais traz grande perigo, visto que resíduos que contém metais pesados e/ou substâncias tóxicas podem prejudicar não somente o ambiente aquático, mas também a saúde humana. O processo de adsorção é um dos métodos mais populares e eficientes para o tratamento de efluentes, sendo utilizado principalmente na área industrial a fim de reduzir a toxicidade dos mesmos. Os principais materiais utilizados atualmente como adsorventes compreendem materiais inorgânicos e orgânicos, sendo as zeólitas e o carvão ativado os temas mais pesquisados. Recentemente, tem-se estudado a aplicação de geopolímeros como adsorventes; geopolímeros são compostos inorgânicos de base polimérica que possuem propriedades cimentícias e alta estabilidade, produzidos a partir de aluminossilicatos a baixas temperaturas de forma a se obter um material que possua rigidez, resistência mecânica e inercia química. A grande vantagem na utilização desse tipo de material é que além de matérias-primas virgens como o caulim, podem ser utilizados em sua produção resíduos industriais, como escorias e cinzas volantes o que diminui o custo final do produto, e permite uma produção em larga escala. Diante dessas afirmações, o presente trabalho buscou compreender a evolução do uso dos materiais geopoliméricos como adsorventes nos últimos 20 anos, destacando o crescente número de estudos entre 2012 a 2021, além de elucidar de forma integrativa as variáveis que envolvem a geopolimerização. A partir da literatura pode-se constatar que os precursores utilizados (escórias de alto forno, metacaulim e cinzas volantes), ativador, razão Si/Al, pH, tempo e temperatura de cura, tempo de contato, e também o tipo de íon a ser adsorvido devem ser levados em consideração para a escolha do melhor adsorvente.

Introdução

A preocupação com os impactos ambientais gerados pelas atividades industriais, transporte e energia, bem como a preservação dos recursos naturais, fizeram com que ao longo da história, especificamente no ano de 1970, fosse oficializado pelas Nações Unidas o Ano do Meio Ambiente e desde então, surgiram conferências mundiais para discussões sobre o tema [1].

Nos últimos 50 anos, o crescimento econômico global cresceu quase cinco vezes, sendo em grande parte devido a triplicação da extração de recursos naturais e energia que impulsionam a produção e consumo. O bem-estar humano está intimamente ligado à capacidade e manutenção dos sistemas naturais da Terra, os quais são limitados e vem se esgotando de forma exponencial nas últimas décadas [2].

Atualmente, a poluição ambiental devido a contaminação da água tem sido um tema muito discutido, devido a gravidade do problema. O tratamento inadequado de água e efluentes industriais traz grande perigo, devido a presença de metais pesados e/ou substâncias tóxicas que podem prejudicar não somente o ambiente aquático, mas também a saúde humana [3].

De acordo com a norma ABNT 10004, resíduo sólido pode ser definido como todo resíduo no estado sólido ou semissólido, além de lodos e alguns líquidos, que tenham em sua composição componentes que tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água. Além disso, de acordo com as propriedades físicas, químicas e infecto-contagiosas, os resíduos podem ser divididos basicamente em duas classes: classe I – perigosos e classe II – não perigosos, sendo o último subdividido em dois tipos, A – inertes e B – não inertes [4].

Autora: Larissa Fernandes Barros Martins.

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