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Estudo comparativo do impacto ambiental entre cremação e sepultamento

Resumo

A destinação correta de um corpo após a morte, sepultar ou cremar, vem ganhando espaço quando o assunto é a preocupação com o meio ambiente. Apesar dos cemitérios ocuparem um espaço físico maior e apresentarem diversos impactos ambientais, estes ainda são a opção que têm maior preferência. Uma técnica que vem ganhando destaque é a cremação, a qual tem se mostrado uma tecnologia eficiente, pois não gera resíduos líquidos. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é apontar os impactos ambientais provenientes de cadáver destinado à cremação e ao sepultamento. Para obtenção de maior conhecimento sobre o assunto, especialmente sobre liberação de gases durante o sepultamento de cadáveres, foi realizado um estudo prático sobre os gases provenientes da decomposição da carne suína, pois a mesma apresenta semelhanças anatômicas e fisiológicas com a carne humana. A fim de avaliar a diferença qualitativa e quantitativa das emissões geradas nas destinações, cremação e sepultamento, analisou-se dados adquiridos de um crematório de humanos. Os resultados desta pesquisa mostraram que no âmbito deste estudo, o sepultamento gera um impacto ambiental maior em relação à cremação.

Introdução

O crescente aumento do ciclo populacional aliado a busca por processos mais sustentáveis ao meio ambiente, motiva estudos sobre a melhor forma de disposição de cadáveres humanos. Uma vez que, ainda é questionável qual a melhor maneira de destinação, por apresentarem diversos danos ambientais, como a contaminação do solo, ar e da água (KEMERICH et al., 2014).
Dessa forma, técnicas vêm sendo estudadas com intuito de obter maiores informações sobre qual destinação de corpos é a mais correta ambientalmente. Atualmente, a técnica mais tradicional é a deposição em cemitérios. Porém, a cremação vem se apresentando como uma alternativa bastante viável, tanto em termos ambientais como econômicos. Entretanto, esta forma de deposição, ainda encontra resistência da sociedade, devido à algumas questões religiosas, étnicas e culturais (ECOBR, 2009).
Dentre os poluentes emitidos em ambas destinações, destaca-se o dióxido de carbono (CO2). Durante o processo de decomposição de um corpo sepultado, este gás está presente, uma vez que, o sangue é invadido por ele quando as células param de se oxigenar (FRANÇA, 2017). Já durante o processo de cremação, este gás está presente devido ao processo de combustão do corpo.
Em vista do exposto, este estudo tem como principal objetivo, obter dados e informações reais sobre a poluição ambiental proveniente de cadáveres cremados e sepultados. Assim, com o intuito de verificar os tipos de gases oriundos da decomposição de cadáveres destinados ao sepultamento, foi realizado um estudo prático com a carne suína, visto que, a mesma apresenta semelhanças anatômicas e fisiológicas com a carne humana.

Neste contexto, foi realizado um estudo comparativo entre os gases emitidos em crematórios de humanos e os gases provenientes do sepultamento do suíno. Através da análise destes dados, foi possível avaliar a diferença qualitativa e quantitativa das emissões geradas em ambas destinações.

Autores: Gabriela Cavion; Raquel Finkler; e Janice Botelho Souza Hamm.

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