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Aegea vence licitação para operar esgotamento sanitário em Vila Velha/ES

A Aegea, empresa de saneamento do Grupo Equipav, venceu a concorrência para operar o sistema de esgotamento sanitário de Vila Velha, no Espírito Santo. A abertura das propostas aconteceu na manhã desta terça-feira, na BM&FBovespa, em São Paulo. Os investimentos previstos serão de R$ 684 milhões, em parceria com o Banco Mundial.

O lance que venceu a licitação foi de R$ 1,16 por metro cúbico de esgoto tratado, com deságio de 18,31%, em relação ao preço inicial de R$ R$ 1,42. De acordo com o edital, a empresa vencedora da concorrência terá a concessão por 30 anos.

Além da Aegea, também entregaram propostas o Consórcio Vila Velha Ambiental, formado pelas empresas Aterpa S/A, SAM Ambiental e Mauá Participações Estruturas e o Consórcio RioVivo Brasil, formado pelas empresas Rio Vivo Ambiental Ltda e CEJEN Engenharia Ltda. Entre seus acionistas, a Aegea tem o Fundo Global de Infraestrutura (GIF), gerido pelo International Finance Corporation (IFC), braço de crédito do Banco Mundial, e o Fundo Soberano de Cingapura (GIC).

Dos R$ 684 milhões, R$ 408 milhões serão investidos pela concessionária nos primeiros dez anos. Outros R$ 277 milhões serão investidos pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), a estatal de saneamento do Espírito Santo, nos próximos cinco anos, através de um contrato com o Banco Mundial. Segundo dados do IBGE, Vila Velha tem 479.664 habitantes, e deve chegar a mais de 600 mil em 2045.

O governo do Espírito Santo não aderiu ao programa de concessão de companhias de água e esgoto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O estado já vinha colocando em prática as PPPs e tem atraído investidores. No município da Serra, por exemplo, já funciona uma parceria entre a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e a Concessionária de Saneamento Serra Ambiental (CSSA).

“A universalização é parte do Plano Estadual de Saneamento, que prevê acelerar as ações de saneamento básico, um dos mais importantes aspectos da saúde pública mundial” disse Pablo Ferraço Andreão, diretor-presidente da Cesan.

O setor de saneamento no Brasil vem despertando a atenção de investidores estrangeiros. Em outurbo passado, os canadenses da Brookfield compraram 70% da Odebrecht Ambiental, maior empresa privada de saneamento do país por US$ 878 milhões. O fundo de investimento FI-FGTS tem participação de 30% na empresa. Em nota, o presidente da Brookfield Business Partners, Cyrus Madon, afirmou que a aquisição é uma oportunidade para que a empresa tenha uma plataforma de prestação de serviços de tratamento de água em um mercado emergente com “forte potencial de crescimento”. Em todo o Brasil, mais de cem milhões de pessoas não têm coleta de esgoto em casa e seis em cada dez obras de saneamento básico nas maiores cidades brasileiras estão paradas, segundo o Instituto Trata Brasil.

Fonte: O Globo

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