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Auditoria constata que Agespisa não tem controle sobre suas próprias contas

O parecer da empresa Saecularis apresentado ao Conselho Fiscal da Agespisa é bastante claro em afirmar que a Agespisa comete diversos erros que impedem uma análise fiel das contas.

Segundo o relatório, não é possível determinar os saldos verdadeiros dos créditos a receber, bem como a real dívida da empresa, estimada em quase R$ 1 bilhão. O controle dos bens patrimoniais da empresa também não são realizados adequadamente, o que impede uma maior confiança nas contas apresentadas pela companhia no Balanço Patrimonial de 2013.

“É necessário que seja realizado um inventário físico de todos os bens da Cia. Esse fato prejudica a confiança nas informações apresentadas sobre avaliação, depreciação, baixas, transferências”, diz o parecer da autoria independente.

Abaixo imagem do parecer entregue na última quarta feira (dia 4 de Junho), conseguido com exclusividade pela equipe do Portal Saneamento Básico, o SITE !

 

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ENTENDA A DÍVIDA BILIONÁRIA DA AGESPISA

 

‘Valor da dívida chega a R$ 1 bilhão’, diz presidente da Agespisa

Servidores da empresa protestaram contra a subdelegação da Agespisa (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Servidores da empresa protestaram contra a subdelegação da Agespisa (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

Nesta terça-feira (16) durante o anúncio do resultado sobre o novo projeto de subdelegação da Agespisa, o presidente da empresa, Antônio Filho, afirmou que o processo de subdelegação é a medida mais viável para atual situação estrutural e financeira da empresa. De acordo com ele, a Agespisa está endividada e os valores crescem progressivamente. Ainda segundo Antônio Filho, o valor da dívida já chega a R$ 1 bilhão.

“A subdelegação se tornou a única alternativa viável para a Agespisa. O principal intuito desse projeto é conseguir atender a população de Teresina, já que a empresa não tem mais capacidade de atender a demanda. A dívida da instituição gira em torno de um bilhão e vem aumentando progressivamente. A empresa não tem mais condições de continuar como está”, disse.

Cerimônia de anúncio do resultado sobre o novo projeto de subdelegação da Agespisa (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

Cerimônia de anúncio do resultado sobre o novo projeto de subdelegação da Agespisa

(Foto: Gilcilene Araújo/G1)

Durante a solenidade, servidores da empresa protestaram contra a subdelegação, mas o presidente ressaltou que a nova proposta é a melhor alternativa também para os trabalhadores. Ele apontou ainda que o endividamento da distribuidora de água de Teresina causado pela inadimplência afeta o pagamento dos funcionários.

“A inadimplência aumenta a cada dia e daqui alguns anos a empresa não conseguirá pagar os salários  de seus funcionários. Todos os meses as contas da instituição fecham no vermelho. Ela não tem capacidade de investimento e a dívida mensal chega a R$ 9 milhões”, explicou.

Ainda de acordo com Antônio Filho, o projeto não se assemelha a uma privatização da empresa e afirma que ele não terá nenhum custo para a população. “A proposta representa uma diminuição da centralização do trabalho da Agespisa. Ela não é uma privatização. Significa apenas um melhor atendimento para a população teresinense, mas sem custos adicionais”, declarou.

Este é o segundo projeto de subdelegação da Agespisa. O primeiro foi indeferido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), pelo Ministério Público (MP) e pela própria Agespisa. Segundo Antônio Filho, o novo projeto tem várias mudanças, que serão apresentadas pelo governador Wilson Marins.

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, aprovou o novo projeto, mas com ressalvas. “Considero a proposta razoável e melhor que a primeira. Pelo que foi demonstrado, ele resolverá alguns gargalos da Agespisa. Vamos fazer um estudo detalhado do projeto para posteriormente nos posicionarmos melhor quanto a viabilidade dele”, disse.

Firmino Filho explicou ainda que a nova proposta prevê a divisão do abastecimento da cidade em dois setores. De acordo com ele, a Agespisa ficará responsável pelo abastecimento das Zonas Norte, Sul, Centro  e parte da Zona Leste e a empresa que ganhar a licitação ficará responsável pelo abastecimento da região da Santa Maria, da Zona Sudeste e a outra parte da Zona Leste.

A empresa que ganhar a subdelegação deve investir R$1,2 bilhões e a Agespisa R$ 500 milhões em oito anos. A empresa privada deve construir uma estação de produção de água em três anos

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