O relatório final da CPI da crise hídrica da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) começou a ser apresentado nesta quinta-feira (9). De acordo com o deputado Luiz Paulo (PSDB), que preside a comissão, o texto aborda diversas questões essenciais para que o Rio de Janeiro não enfrente problemas ainda mais sérios de abastecimento de água. No início da próxima semana está prevista a leitura da última parte do documento, que será votado na próxima quinta (14).
O relatório trata a questão do tratamento de esgoto como fundamental para a economia de água e estabelece o prazo de cinco anos para tratar todo o esgoto domiciliar. Segundo o deputado Gláucio Julianelli (Rede Sustentabilidade), o Estado do Rio de Janeiro tem 49,2% do esgoto domiciliar coletado em praticamente todos os municípios. No entanto, somente 41% desse volume é tratado.
“É muito importante que seja possível aprovar nessa Casa Legislativa a fixação de uma meta para termos todo o esgoto domiciliar tratado. Estabelecer esse prazo em cinco anos é uma solução possível através de grandes investimentos. É preciso priorizar essas ações ou correremos riscos enormes no futuro. É inaceitável continuarmos a usar água limpa para diluir esgoto”, criticou o deputado.
De acordo com o texto, o objetivo do relatório final foi apurar as responsabilidades dos entes públicos e privados perante a crise hídrica que afeta o estado, com registros de perdas físicas de água tratada superior a 30%. “O índice de perda das concessionárias é superior a 30%, o que muitas vezes acontece devido a perdas físicas, por causa de tubulações velhas. Queremos que o Estado estipule metas para que essas perdas sejam inferiores a 10%”, afirmou o deputado Luiz Paulo.
A votação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Crise Hídrica está prevista para o próximo dia 14, às 17h30, e apenas após essa votação o relatório será levado a plenário