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Procurador avisa que contrato com a CAB Cuiabá é “caso de polícia”

Gallo prevê que auditoria vai explicar o que aconteceu na venda da Sanecap

A prefeitura de Cuiabá entrega ainda nesta semana o resultado da auditoria realizada na CAB Cuiabá, onde foi avaliada toda a concessão de água e esgoto da capital. A “venda” da Sanecap (Companhia de Saneamento da Capital) ocorreu em 2012 na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB).

O trabalho de devassa na empresa é realizado desde dezembro por técnicos da Arsec (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá). A auditoria apontará os problemas enfrentados pela população com a concessão, bem como a situação da CAB Cuiabá, empresa responsável pelo sistema.

O procurador-geral do município, Rogério Gallo, adiantou nesta segunda-feira que o relatório será revelador e bombástico. “Muitos aspectos que talvez causem surpresas em muitas pessoas. A origem dos problemas relacionados a CAB Cuiabá. Porque a CAB nestes 3 anos e meio não conseguiu fazer os investimentos necessários”, disse o procurador em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Record Cuiabá).

Apesar de não poder fornecer detalhes diante da cláusula de confidencialidade estipulada no início da auditoria, o procurador revelou que medidas administrativas extremas serão tomadas pelo prefeito Mauro Mendes. Além disso, o relatório a ser apresentado será entregue para os órgãos de controle fazerem as investigações necessárias. “É algo grave e de grande interesse público. Além do prefeito adotar as providencias que deve anunciar, ele também vai entregar as autoridades. Ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público e a sociedade civil organizada, onde a imprensa, logicamente, se inclui”, colocou,

Questionado, Gallo confirmou ainda que a auditoria pode resultar num novo escândalo e se tornar caso de polícia. “Infelizmente, pode se tornar a ser sim. Mas vamos aguardar o relatório”, assinalou.

Apesar do contrato entre a CAB e a prefeitura prever a universalização do abastecimento de água até abril de 2015, o sistema pouco avançou. Atualmente, os investimentos da empresa estão parados, uma vez que o Grupo Galvão, controlador da CAB, encontra-se em recuperação judicial.

Nos últimos meses, a Justiça do Rio de Janeiro chegou a lançar leilão da empresa. Contudo, como não houve interessados, a população segue sofrendo com a falta de água, principalmente nos bairros periféricos.

Fonte: Folhamax
Foto: Ahmad Jarrah / Circuito MT/Procurador Rogério Gallo

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