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Reajuste d’água em Campinas é 9% maior que o da Sabesp em dois anos

Com índice acumulado de 18,6% no reajuste da água em dois anos, o aumento aplicado pela Sanasa em Campinas (SP) é 9% maior que o da Sabesp no mesmo período. Em 2014, a empresa do interior paulista também mudou o cálculo na cobrança do serviço de esgoto e, para o consumidor que utiliza até 10 mil litros por mês, por exemplo, a medida elevou a conta em mais 11%.
A Sabesp atende cerca de 360 municípios no Estado de São Paulo e aplicou um reajuste de 3,1% para vigorar em 2014 e 6,4% este ano. Já em Campinas, o aumento foi de 6,6% e 11,9% respectivamente, além da mudança na cobrança do esgoto que onerou ainda mais os consumidores. O mais recente, que impactará na conta d’água a partir de fevereiro, foi anunciado nesta segunda-feira (5).

Disparidade de valores
Em Hortolândia, Monte Mor, Morungaba, Paulínia, Itatiba, cidades da região de Campinas atendidas pela Sabesp, o consumo de até 10 mil litros por mês custa R$ 17,91 este ano, mais R$ 14,36 na única taxa de esgoto, na faixa de consumo residencial padrão. Já a Sanasa, em categoria idêntica, vai cobrar R$ 22,52 pela mesma quantidade de água e mais R$ 27,71 com a soma das duas tarifas relacionadas ao esgoto.

O novo reajuste em Campinas não será aplicado nas categorias Residencial Social e Residencial com Ligação Coletiva. De acordo com a Sanasa, o percentual de 11,9% foi calculado considerando as variações dos custos e despesas, inflacionárias do IVC/Dieese e IPCA/IBGE, além do o dissídio coletivo e a variação do consumo, do período entre outubro de 2013 a setembro de 2014.
Crise hídrica
Segundo a empresa, a escassez hídrica no Rio Atibaia – responsável pelo abastecimento de 95% da cidade – fez com que a qualidade da água caísse, o que exigiu o uso de mais produtos químicos para o tratamento. Procurada pelo G1, a Sanasa não respondeu, até esta publicação, porque os reajustes em tem ficado acima aos aplicados pela Sabesp, já que a crise hídrica não é um problema que afeta apenas Campinas.

Em 2014, levantamento do G1 apontou que preço residencial a cada mil litros de água – ao menos R$ 2,01, antes do mais recente reajuste – cobrado pela Sanasa, era o mais caro entre as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e também em comparação a Guarulhos, cidade do mesmo porte.

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