Comerciantes de São Paulo relatam prejuízo devido à falta de água

Devido a falhas no abastecimento de água, comerciantes e empresários da capital paulista têm sofrido prejuízos e gastado mais em busca de alternativas –como galões ou caminhões-pipa.

Maurício Venâncio, 35, passou pelo sufoco de ficar quase três dias sem água em sua pizzaria na Vila Santa Terezinha, na zona norte.

“Tive que cancelar todas as reservas e fazer só serviço de entrega”, diz ele, que poupou a água da caixa de mil litros para cozinha e banheiros.

Segundo o empresário, o prejuízo causado pela falta de abastecimento de sexta a domingo foi de cerca de R$ 2 mil.

Na Brasilândia, também na zona norte, a cabeleireira Edinalva Adelson, 45, relata situação parecida no salão onde trabalha. “Tem dia que a gente deixa de marcar com os clientes porque não tem água para lavar o cabelo”, diz.

No bufê de Alessandra Pedroni, 42, no Alto da Lapa (zona oeste), o investimento para evitar ficar sem água durante eventos foi de cerca de R$ 800. “Tive de comprar e mandar instalar uma bomba para que a água chegue até a caixa”, conta ela.

Ela afirma que o local também já ficou três dias sem água. “Graças a Deus, foi durante a semana e não atrapalhou nenhum evento. Senão, seria um caos”, afirma.

Para garantir que isso não aconteça, ela comprou seis galões para reservar água.

Questionada sobre a situação nesses locais, a Sabesp (empresa de saneamento) informou que não havia registro de problemas na rede.

JUSTIÇA

O advogado e professor do Mackenzie Bruno Boris afirma que quem se sentir prejudicado pela Sabesp deve juntar provas para abrir uma ação contra a empresa.

“Se não houve comunicação ou aviso prévio de racionamento ou desabastecimento, o consumidor deve ligar para a Sabesp e comunicar o problema”, explica.

Caso a situação persista, diz, deve-se juntar documentos e testemunhas para mostrar que não houve avisos.

Porém, para o advogado Anis Kfouri, a causa é difícil por se tratar de uma estiagem histórica.

FONTE: FOLHA DE SP

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