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Funasa/AM desenvolve técnica de purificação de água

A Superintendência da Fundação Nacional de Saúde no Amazonas (Funasa/AM) desenvolveu uma nova técnica de tratamento de água com a utilização de um equipamento denominado de “clorador simplificado” que tem chamado a atenção de autoridades em educação ambiental em todo o Brasil. Elaborado pelo Programa Nacional de Apoio ao Controle da Qualidade da Água (PNCQA) da fundação, o equipamento trata a água em sistema de distribuição encanado com procedimentos simples e eficazes.

Desenvolvido para soluções alternativas coletivas, o clorador simplificado purifica um determinado volume de água para consumo humano e é instalado entre o poço tubular e o reservatório (caixa d’água). De fácil confecção, o aparato já é apresentado às comunidades do interior do Amazonas através de cursos que vêm sendo realizados pela Funasa nos últimos oito anos, inicialmente, nas áreas indígenas e posteriormente em comunidades ribeirinhas.

É muito gratificante saber que os amazonenses podem ser considerados referência no tratamento de água no Brasil através de um procedimento tão eficaz como o clorador simplificado. Mas antes de exportar esse tipo de serviço, já aplicávamos em uma importante área do interior do Amazonas onde existem problemas para a aquisição de água potável”, afirmou o superintendente regional da Funasa/AM, Gedeão Amorim.

Ele lembrou que graças ao projeto, o Amazonas tem conseguindo reduzir significativamente o índice de doenças causadas por ingestão de água contaminada. Atualmente, o projeto alcança mais de 200 comunidades em 19 municípios Estado, como Maués, Barreirinha, Parintins, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Itacoatiara, Autazes, Borba, Tefé, Envira, Uarini, Alvarães, Maraã, Jutaí, São Gabriel da Cachoeira, Iranduba, Novo Airão, Santa Izabel do Rio Negro e comunidades rurais da capital Manaus.

Outros estados
Entre os estados que procurou a informação sobre projeto de tratamento de água no Amazonas está o Piauí que recebeu em novembro do ano passado uma equipe da Funasa/AM para a realização de oficina sobre a operação do clorador. No mês passado, foram enviadas quatro desses equipamentos para o Estado nordestino difundir o tratamento da água de forma prática e barata em suas comunidades do interior.

Além do Piauí, representantes das superintendências do Acre, do Amapá, Paraná, e de outros estados do Nordeste também se interessaram em adquirir a técnica e devem ser visitados por técnicos da Funasa/AM nos próximos meses. “Como gestor, nos cabe, difundir esse estudo e, principalmente, criar mecanismos para aperfeiçoá-la como o passar dos anos”, ressaltou Gedeão.

Custo x benefício
Outro ponto importante do clorador simplificado é o baixo preço dos materiais utilizados para a confecção. Segundo Gedeão Amorim, o investimento é mínimo para um longo período de aproveitamento. “Para ter o difusor de cloro, paga-se apenas o preço do cloro, porque é uma mistura de areia, cloro e pode ser usado em uma garrafa pet. No caso do clorador, dependendo da comunidade, é usado no máximo 1 quilo de cloro por ano. A adaptação trata a água para a comunidade inteira durante um ano pelo valor de R$ 10, R$ 12 por um quilo de cloro”, destacou. O clorador com o difusor de cloro é capaz de tratar a água durante 30 dias em poços rasos, que normalmente se encontram nos quintais.

Funcionamento
Biólogo da fundação, Kelmer Passos exemplificou o funcionamento de um clorador, utilizado em sistemas de distribuição para pequenas populações. “Em uma comunidade de 20 famílias, que tenha um reservatório de 10 mil litros de água e seja preciso enchê-lo uma vez por semana, o clorador trata o volume certo e se utiliza essa água por uma semana. Quando a pessoa liga a bomba da tubulação do poço profundo, esses 10 mil litros de água são tratados e distribuídos pela população”, constatou.

Fonte: A Critica
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