Apesar dos protestos de servidores, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Jorge Picciani (PMDB), disse que o projeto de privatização da estatal de saneamento Cedae será votado na próxima terça (14).
O projeto também enfrenta resistência da oposição ao governo Luiz Fernando Pezão e motivou forte confronto entre manifestantes e policiais no centro do Rio nesta quinta (9).
Na noite desta quinta, os deputados começam a discutir o projeto, que permite ao governo estadual dar ações da empresa como garantia para tomar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões, enquanto são realizados estudos para a privatização da companhia.
O debate sobre o tema vem sendo retardado por manobra da oposição, que estendeu ao máximo as discussões sobre a avaliação de vetos do Executivo que trancavam a pauta.
A estratégia teve por objetivo adiar a votação para depois de segunda (13), quando o STF (Supremo Tribunal Federal) decidirá se o Rio poderá antecipar a tomada de empréstimos ou terá que esperar aval do Congresso.
A oposição no Rio acredita que a antecipação será negada, eliminando a urgência para a votação da privatização da Cedae e desmobilizando a base do governo.
Hoje, Pezão tem os votos necessários para aprovar o projeto.
“Não sou contra privatizações. O que não posso é dar um cheque em branco a um governo sem credibilidade e que acaba de ser cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral)”, argumentou o deputado Carlos Osório (PSDB).
Em entrevista, Picciani voltou a defender o projeto, alegando que é uma alternativa para regularizar o pagamento de salários no Estado.
Fonte: Folha de S. Paulo