Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016, levantados através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), apontam que 79% das casas do Espírito Santo têm ligação de esgoto. Porém, para o doutor em saneamento Ricardo Franci, o número não estaria próximo da realidade. Ele acredita nos dados divulgados pela Agência Nacional de Águas em setembro, que apontam que 60% da população capixaba não têm sistema de esgotamento sanitário completo.
Franci explicou, em entrevista ao Bom Dia ES, que a pesquisa do IBGE considera aceitável que, por exemplo, se uma casa tem uma fossa e há uma ligação entre o efluente da fossa e a rede de drenagem.
“Isso não é uma solução aceitável, pois o efluente da fossa vai acabar indo para o mar ou para os canais. O nível de tratamento que uma fossa oferece não é suficiente. A melhor forma de a gente observar se o município está saneado é olhar para os canais, para os rios urbanos. O dado do IBGE é interessante, mostra uma evolução, mas se a gente olha para o Canal da Costa ou o da Leitão da Silva, a gente vê que tem muito esgoto ainda sendo jogado”, avaliou.
O doutor em saneamento disse que os dados de 2016 da ANA para o Espírito Santo, que estão no Atlas Esgotos, têm proporção semelhante aos do Brasil: 60% da população do país não têm esgotamento sanitário completo.
“No Espírito Santo, a situação ainda é pior no interior, mas na nossa região Metropolitana, a periferia não tem atendimento dessa rede de esgoto completa”, frisou Franci.
Confira a entrevista completa que foi ao ar no Bom Dia Espírito Santo: http://g1.globo.com/espirito-santo/bom-dia-es/videos/v/60-da-populacao-capixaba-nao-tem-o-sistema-de-esgotamento-completo-aponta-ana/6315972/
60% da população capixaba não têm o sistema de esgotamento completo, aponta ANA.