A vazão do Rio Atibaia, que abastece 95% de Campinas (SP), voltou a cair, segundo Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa). A quantidade de metros cúbicos por segundo desceu de 12, na segunda-feira (17), para 11,5 nesta terça. A preocupação da empresa é de que o nível atinja os críticos 3,4 metros cúbicos por segundo do início do ano. De acordo com dados históricos, em fevereiro a vazão no rio chega a 45 metros cúbicos. Para atingir este índice, seria necessário chover a semana inteira. Desta forma, hoje o volume é 25,5% do ideal para o abastecimento da cidade que tem 1,1 milhão de habitantes.
Previsão do tempo
De acordo com o Cepagri da Unicamp, são baixas as condições de chuva nas próximas 72 horas. Na sexta-feira (21) voltam às condições de pancadas para toda a região de Campinas.
Não faltará água na Copa
A Sanasa garante que não faltará água nos meses de inverno, quando acontecem também os jogos da Copa do Mundo. Campinas receberá as delegações de Portugal e Nigéria.
Segundo o departamento técnico da Sanasa, o aumento de um metro cúbico por segundo do Sistema Cantareira e a utilização do “volume morto” garantirão o abastecimento.
“O volume morto é toda a água que está abaixo dos túneis do Sistema Cantareira e não tem como captar hoje. Estão sendo feitas obras para jogar a água para os túneis. Para o Sistema PCJ não precisa de obra é só abrir a comporta de fundo”, explica o diretor técnico da Sanasa, Marco Antônio Santos.
Campinas descarta racionamento
Após a liberação de mais um metro cúbico do Cantareira, Campinas descartou racionar água mesmo com a estiagem que atinge a região Sudeste desde o início do ano. A liberação representa 25% mais do que é enviado para as cidades do entorno da metrópole, que faz parte do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Fonte: G1