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Após Alckmin anunciar fim da crise, moradores relatam falta de água

Leitores enviaram vídeos com imagens de torneiras secas. Governador diz que Cantareira suportaria até 4 anos de seca.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a “questão da água está resolvida”, referindo-se ao término da crise hídrica no estado de São Paulo, na segunda-feira (7). No entanto, em muitos bairros da cidade, a água não chega até as casas.

Vania Anibal, a moradora de M´Boi Mirim, afirmou que falta água todas as noites, diariamente. Ela fez um vídeo com a torneira seca, como mostrou o Bom Dia SP.

A falta de água também atinge a residência de Márcio Miranda, morador do Capão Redondo, na Zona Sul.

Na Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte, também há falta de água, como mostram as imagens gravadas por Cícero Santos.

A professora Regina Assalim, do Jardim Cliper, na região de Interlagos, afirmou que a água acaba diariamente às 22h e só retorna às 7h do dia seguinte. “Isso começou quando chegou a crise hídrica e ainda não normalizou. Eu ligo para a Sabesp, mas não consigo falar”, disse.

Morador de Osasco (SP), Edson Lino enfrenta falta de água em casa no início da manhã. O espectador Daniel, de Guarulhos (SP), relata ficar três dias sem água e um dia com água.

Carmem Moraes, que vive no Jardim Anchieta, em Mauá (SP), enfrenta o mesmo problema. “Não tem uma gota de água. Há dois dias não tem água. Alguém tome alguma providência, porque está faltando água sim”, diz.

Rui, morador da Vila Carrão, na Zona Leste, reclama da falta de pressão.

Naianyl, do Jardim Souza, na Zona Sul, reclama que seu bairro fica próximo à Represa de Guarapiranga, mas falta água na região.

Antes da crise
O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do estado, Benedito Braga, afirmou que, em janeiro, 10 mil clientes ficaram sem água na Região Metropolitana. No auge da crise, em fevereiro, o número chegou a quase 70 mil. Ele disse que a redução de pressão sempre existiu e, agora, voltou a ser como era antes da crise. Portanto, a falta de água na madruga até de manhã cedo é considerada normal.

“Não se existe a redução de pressão como se observava como durante os momentos mais intensos da crise. Por isso a crise passou. As pessoas que estão com esse problema devem contatar a Sabesp, porque elas não deve ter problema nenhum com a redução de pressão. Nós já resolvemos, e se houver problema, vamos resolver. Não é para faltar água”, diz.

Apesar de dizer que a crise acabou, o governo do estado o programa de multas e bônus pra quem economiza ou gasta muita água está mantido.

Volume morto
A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) decidiram cancelar a autorização dada à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para uso de duas cotas do volume morto do Sistema Cantareira. A decisão foi publicada pela ANA no Diário Oficial da União desta terça-feira (8).

O fim da dependência da reserva técnica ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A expectativa era de uso até o fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair do volume morto até abril, mas o sistema opera sem a reserva desde o fim de dezembro de 2015.

Fonte: G1
Foto: Divulgação

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